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DOI: 10.1055/s-0038-1673174
Clipagem vs. Embolização dos aneurismas cerebrais rotos: critérios de seleção, comparação epidemiológica e de resultados funcionais de pacientes tratados em serviço de referência em doenças cerebrovasculares
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Introdução: em nosso serviço, o volume de pacientes portadores de aneurismas cerebrais rotos tratados cirurgicamente sempre foi elevado e, recentemente, com a implantação de um serviço de hemodinâmica, o tratamento endovascular também passou a ser empregado de modo rotineiro.
Objetivo: analisar os métodos cirúrgicos e endovascular no tratamento de aneurismas cerebrais rotos, com ênfase em critérios de seleção e comparação epidemiológica e de resultados funcionais entre Fevereiro/2014 e Dezembro/2016.
Métodos: revisão de prontuários médicos, exames radiológicos pré e pós-operatórios e realização de consultas ambulatoriais.
Resultados: a amostra foi composta por 302 pacientes: 95 ao tratamento endovascular e 207 submetidos ao tratamento convencional. Houve predomínio do gênero feminino (73,8%), bem como de pacientes na faixa etária entre 35 e 55 anos (54,3%) nos dois grupos. A idade média dos pacientes foi 49,84 anos dos quais aqueles submetidos a tratamento convencional tiveram média de 49 anos (14–79 anos) e 54,3 anos (16–94anos) nos do tratamento endovascular. Houve predomínio em ambos os grupos, tratamento convencional e endovascular, do Hunt-Hess 2, 100 (48,3%) e 31(32,6%) respectivamente. houve predominância de aneurismas entre 5 e 10mm no grupo convencional 95 (45,9%) contra 34 (35,8%) nos pacientes embolizados. Não houve diferença no que concerne à incidência de vasoespasmo clínico e tempo decorrido entre o sangramento e o tratamento. Em relação a escala de Rankin modificada (mRS) houve menor pontuação no grupo de tratamento convencional, onde 30,4% (n = 63) teve mRS=1. Já no grupo de tratamento endovascular observou-se pior desfecho, com predomínio de mRS=6 (30,4%, n=63).
Conclusões: em nosso estudo, o tratamento cirúrgico obteve melhores resultados funcionais em todas as análises realizadas. Isso reflete o fato de pacientes com HH mais elevado e idade mais avançada serem comumente encaminhados para EV. Tais variáveis são mais importantes em termos prognósticos do que a escolha do método de tratamento em sí. Em pacientes jovens e com HH baixo, o tratamento cirúrgico alcançou excelentes resultados funcionais.