CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673174
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Clipagem vs. Embolização dos aneurismas cerebrais rotos: critérios de seleção, comparação epidemiológica e de resultados funcionais de pacientes tratados em serviço de referência em doenças cerebrovasculares

Eduardo Vieira de Carvalho Júnior
1   Hospital da Restauração
,
Erton César de Albuquerque Pontes
1   Hospital da Restauração
,
Igor Vilela Faquini
1   Hospital da Restauração
,
Jose Laercio Silva Junior
1   Hospital da Restauração
,
Ana Cristina Veiga Silva
1   Hospital da Restauração
,
Lívio Pereira de Macêdo
1   Hospital da Restauração
,
Nivaldo Sena de Almeida
1   Hospital da Restauração
,
Hildo Cirne de Azevedo-Filho
1   Hospital da Restauração
,
Jeremias Fernando Gomes
1   Hospital da Restauração
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: em nosso serviço, o volume de pacientes portadores de aneurismas cerebrais rotos tratados cirurgicamente sempre foi elevado e, recentemente, com a implantação de um serviço de hemodinâmica, o tratamento endovascular também passou a ser empregado de modo rotineiro.

    Objetivo: analisar os métodos cirúrgicos e endovascular no tratamento de aneurismas cerebrais rotos, com ênfase em critérios de seleção e comparação epidemiológica e de resultados funcionais entre Fevereiro/2014 e Dezembro/2016.

    Métodos: revisão de prontuários médicos, exames radiológicos pré e pós-operatórios e realização de consultas ambulatoriais.

    Resultados: a amostra foi composta por 302 pacientes: 95 ao tratamento endovascular e 207 submetidos ao tratamento convencional. Houve predomínio do gênero feminino (73,8%), bem como de pacientes na faixa etária entre 35 e 55 anos (54,3%) nos dois grupos. A idade média dos pacientes foi 49,84 anos dos quais aqueles submetidos a tratamento convencional tiveram média de 49 anos (14–79 anos) e 54,3 anos (16–94anos) nos do tratamento endovascular. Houve predomínio em ambos os grupos, tratamento convencional e endovascular, do Hunt-Hess 2, 100 (48,3%) e 31(32,6%) respectivamente. houve predominância de aneurismas entre 5 e 10mm no grupo convencional 95 (45,9%) contra 34 (35,8%) nos pacientes embolizados. Não houve diferença no que concerne à incidência de vasoespasmo clínico e tempo decorrido entre o sangramento e o tratamento. Em relação a escala de Rankin modificada (mRS) houve menor pontuação no grupo de tratamento convencional, onde 30,4% (n = 63) teve mRS=1. Já no grupo de tratamento endovascular observou-se pior desfecho, com predomínio de mRS=6 (30,4%, n=63).

    Conclusões: em nosso estudo, o tratamento cirúrgico obteve melhores resultados funcionais em todas as análises realizadas. Isso reflete o fato de pacientes com HH mais elevado e idade mais avançada serem comumente encaminhados para EV. Tais variáveis são mais importantes em termos prognósticos do que a escolha do método de tratamento em sí. Em pacientes jovens e com HH baixo, o tratamento cirúrgico alcançou excelentes resultados funcionais.


    #

    No conflict of interest has been declared by the author(s).