CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764830
Enteroscopia, Colonoscopia e Pólipos
ID – 114344
Pôster Eletrônico

ADENOMA TUBULOVILOSO GIGANTE DE RETO MÉDIO COM TRANSFORMAÇÃO PARA ADENOCARCINOMA TRATADO POR MUCOSECTOMIA ENDOSCÓPICA: RELATO DE CASO

Rodolfo Dahlem Melo
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
,
Rodrigo Tavore Strasser
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
,
João Lucas Rosa
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
,
André Antonio Abissamra
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
,
Pedro Henrique Bauth Silva
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
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Moabe Rezende de Lima
1   Hospital Regional de Presidente Prudente, Presidente Prudente – SP, Brasil
› Institutsangaben
 
 

    Apresentação do Caso G.L.B., de 63 anos, apresentava quadro de diarreia havia 1 ano, que não respondia às medidas clínicas, com 6 a 8 evacuações pastosas/líquidas diárias. Ao exame físico, não apresentava particularidades, e o toque retal foi normal. Optou-se por colonoscopia, na qual se observaram lesão no cólon sigmoide (a 30 cm da borda anal, BA) e pólipo de 1,5 cm, cujo anatomopatológico (AP) evidenciou adenoma tubuloviloso com transformação para adenocarcinoma e com infiltração no pedículo; ainda observou-se lesão no reto médio (iniciada a 8 cm da BA), de característica não granular, vinhosa e cerebroide, de 6 cm, que ocupava 30% da luz e 40% da circunferência. Foi feita elevação mucosa com solução salina + mucosectomia a piecemeal. O AP desta lesão evidenciou adenoma tubuloviloso com transformação para adenocarcinoma, sem infiltração no pedículo. O paciente está há 2 anos realizando colonoscopias e exames de imagens, sem novos achados.

    Discussão O câncer colo retal (CCR) é a terceira neoplasia mais prevalente no mundo, e a segunda maior causa de morte por câncer. A sua forma esporádica, por uma rede de alterações genéticas, segue o modelo de transformação adenoma-adenocarcinoma. Lesões de até 2 cm de diâmetro, com invasão até as camadas superficiais da submucosa, são candidatas à ressecção por métodos endoscópicos, e alguns estudos já as citam como padrão-ouro para o tratamento. A escolha entre mucosectomia, excisão da submucosa e procedimentos assistidos por videolaparoscopia é individualizada. Uma forma de predeterminar a dificuldade e a complexidade da ressecção endoscópica e, portanto, as suas complicações, é a utilização de escores como o SMSA (Size, Morphology, Access, and Site). Este critério parece inclusive se associar a uma maior necessidade de intervenção cirúrgica convencional A taxa de ressecções não r0 e eventos adversos dos procedimentos são significativamente mais elevadas quando as lesões são maiores do que 2 cm.

    Comentários Finais As técnicas endoscópicas de ressecção do CCR precoce são uma realidade. A sua utilização traz melhores desfechos para os pacientes quando comparados aos eventos adversos das técnicas cirúrgicas clássicas. Lesões grandes (maiores do que 2 cm) ainda necessitam de individualização para seu tratamento por via minimamente invasiva. Uma forma de fazê-lo é por meio de escores validados, como o SMSA. No caso aqui apresentado, apesar das dimensões grandes da lesão, o tratamento endoscópico demonstrou-se eficaz no controle da patologia, e tornou a sua aplicação factível em tais lesões.


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    Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.

    Publikationsverlauf

    Artikel online veröffentlicht:
    16. März 2023

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