CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2023; 58(02): 246-251
DOI: 10.1055/s-0042-1750757
Artigo Original
Quadril

Reprodutibilidade do planejamento digital na artroplastia total do quadril sem cimento entre cirurgiões experientes e iniciantes

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1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
,
1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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1   Grupo de Quadril e Artroplastias, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Suporte Financeiro O presente estudo não recebeu nenhum suporte financeiro de fontes públicas, comerciais ou sem fins lucrativos.
 

Resumo

Objetivo Avaliar a reprodutibilidade do planejamento digital da artroplastia total de quadril (ATQ) sem cimento entre cirurgiões com diferentes níveis de experiência e o grau de confiabilidade no planejamento baseado na ATQ contralateral com o método de marcador esférico posicionado ao nível do trocanter maior.

Método Dois avaliadores com níveis de experiência diferentes (A1 e A2) realizaram de forma independente o planejamento digital operatório retrospectivo de 64 ATQs sem cimento. O planejamento foi comparado com os implantes utilizados na cirurgia, sendo classificados como: excelentes, quando idênticos; adequados, quando houve variação de uma unidade; e inadequados, quando ocorreu variação de duas ou mais unidades. Na presente análise, também foi avaliada a acurácia do parâmetro de calibragem entre a ATQ contralateral comparada com o marcador esférico ao nível do trocanter maior.

Resultados O estudo demonstrou maior êxito no planejamento quando realizado pelo avaliador mais experiente, com maior acurácia na ATQ contralateral. Ao fragmentar a análise de acordo com o parâmetro utilizado (ATQ contralateral ou marcador esférico), houve diferença estatística apenas na comparação do planejamento do avaliador A1 com os implantes utilizados na cirurgia. Esta diferença ocorreu na classificação excelente com 67,3% em ATQ contralateral como parâmetro contra 30,6% com marcador esférico (p<0,001) e inadequado de 7,1% contra 30,6%, respectivamente (p<0,001).

Conclusões A acurácia do planejamento digital é mais precisa quando realizada por um avaliador experiente e a utilização da cabeça de prótese contralateral como referência se mostrou superior à utilização de um marcador no trocanter maior.


#

Introdução

A artroplastia total de quadril (ATQ) é eficaz na melhora da qualidade de vida do paciente ao eliminar a dor articular e ao devolver a independência para as atividades básicas da vida diária.[1] Este resultado positivo está diretamente atrelado à durabilidade da cirurgia, que envolve o posicionamento adequado dos componentes e a reabilitação funcional adequada.[2] [3] [4]

A qualidade no posicionamento e a correta escolha dos tamanhos dos implantes são fatores sobre os quais o cirurgião de quadril tem controle durante o procedimento, mas devem ser previamente programadas para obter o resultado desejado.[2] [3] [4] Desta forma, o planejamento pré-operatório contribui para o sucesso da cirurgia e deveria ser algo corriqueiro tanto para cirurgiões experientes quanto iniciantes.

Atualmente, as radiografias digitais estão cada vez mais frequentes em grandes hospitais e clínicas, sendo recomendado que o cirurgião de quadril se adapte a esta mudança, aprimorando-se no planejamento digital com o auxílio de softwares.[5]

Alguns softwares disponíveis possibilitam aos cirurgiões de quadril calibrar o planejamento em radiografias digitais com magnificações diferentes e automaticamente disponibilizam, após a escolha dos implantes, o valor do offset e o alongamento ou encurtamento do membro a ser operado.[6]

Durante a formação de um ortopedista, a vivência diária, a repetição e o estudo são fatores primordiais para a evolução como profissional e, provavelmente, servem de medidas preventivas contra complicações cirúrgicas.

Baseado nisto, o presente estudo visa avaliar a reprodutibilidade do planejamento digital na ATQ sem cimento e compará-la entre os níveis de experiência de um ortopedista de quadril e de outro em especialização. Além disso, o presente estudo propõe comparar a confiabilidade deste planejamento baseando-se, para calibrar o software, na ATQ contralateral ou no método de marcador esférico posicionado ao nível do trocanter maior.


#

Materiais e Métodos

O presente projeto foi aprovado pela Comissão de Pesquisa da nossa instituição.

Dois avaliadores (A1, especialista em quadril, e A2, especializando em quadril) realizaram de forma independente o planejamento operatório retrospectivo de 64 ATQs sem cimento que não apresentaram complicações no período mínimo de 2 anos. Os pacientes foram selecionados após busca ativa nos prontuários baseada na lista de pós-operatórios de uma instituição.

Como critérios de inclusão, por meio do prontuário eletrônico dos pacientes do presente estudo, foram selecionadas as radiografias de bacia na incidência anteroposterior (AP) em decúbito dorsal horizontal com os membros inferiores em rotação interna de ∼ 15° e raio incidente na linha mediana logo acima da sínfise púbica.[7] Dentre os pacientes selecionados, foram mantidos no estudo os que possuem nestas radiografias marcador esférico ao nível do trocanter maior ou ATQ contralateral com cabeça metálica de tamanho conhecido.

A realização de radiografia com marcador esférico é padronizada neste instituto com a utilização de um tripé com cabeça metálica de 28mm ([Figura 1]) e realizada por uma equipe de técnicos de radiologia treinados a posicionar a esfera ao nível do trocanter maior.

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Fig. 1 (A e B) Posicionamento da esfera metálica ao nível do trocanter maior de paciente em decúbito dorsal horizontal. (C) Tripé com esfera metálica de 28mm.

Artroplastias que saíram da programação devido às intercorrências intraoperatórias (perda de estoque ósseo, fratura intraoperatória e instabilidade) ou que, de acordo com o prontuário, necessitaram de revisão antes de completarem 2 anos de pós operatório, devido a complicações relacionadas aos implantes foram usadas como critério de exclusão.

Pacientes sem radiografia adequadamente realizada e sem o correto posicionamento do marcador esférico também foram excluídos do estudo.

Os avaliadores realizaram o planejamento do tamanho dos seguintes componentes: taça acetabular, haste femoral e colo femoral. A presente análise foi feita com radiografias pré-operatórias por meio do software TraumaCad e seleção da haste femoral Targos Femoral Stem, taça acetabular MBA Acetabular Cup e cabeça metálica de 28m e implantes do Grupo Lépine ([Figura 2]).

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Fig. 2 Planejamento digital.

Os valores da haste variam de 1 em 1, os da taça de 2 em 2, e o colo de tamanhos - 3,5; 0; 3,5 e 7. Portanto se a situação comparativa, A1 com cirurgia ou A2 com cirurgia, foi idêntica, ela foi classificada como excelente; se variou 1 unidade para mais ou para menos, foi classificada como adequada e, se variou ≥ 2 unidades para mais ou para menos, como inadequada.

Para a calibragem do software, utilizou-se como parâmetro a cabeça metálica de 28mm de diâmetro posicionada ao nível do trocânter maior ou a cabeça metálica da artroplastia contralateral de tamanho conhecido.

Os avaliadores não tiveram acesso às informações pós-operatórias durante o planejamento e os dados obtidos foram comparados com os implantes utilizados nas cirurgias.

Durante a análise, avaliou-se também por meio do teste de igualdade de duas proporções a reprodutibilidade dos planejamentos realizados quando o parâmetro foi a ATQ contralateral ou o marcador esférico.

O teste de igualdade de duas proporções é um teste que compara se a proporção de respostas de duas determinadas variáveis e/ou dos seus níveis é estatisticamente significante. Além disso, utilizou-se o Teste de Wilcoxon, não paramétrico, com o intuito de comparar as variáveis e avaliar se há diferença entre os avaliadores e os parâmetros de calibragem utilizados e o índice de concordância de Kappa, uma estatística utilizada para medir o grau de concordância entre duas variáveis e/ou resultados. O nível de significância estatística foi estabelecido em 0,05%, com um intervalo de confiança (IC) de 95%.

Na presente análise estatística, foram utilizados os softwares IBM SPSS Statistics for Windows, versão 20.0 (IBM Corp., Armonk, NY, EUA), Minitab 16 (Minitab Inc., State College, PA, EUA) e Microsoft Office Excel 2010 (Microsoft Corporation, Redmond, WA, EUA).


#

Resultados

O estudo das 64 radiografias demonstrou em sua maioria maior êxito no planejamento quando este foi realizado pelo avaliador mais experiente, com maior acurácia na ATQ contralateral.

Baseado em uma amostra homogênea para a distribuição de gênero com 53,1% de mulheres e 46,9% de homens (p=0,480), houve amostra heterogênea na distribuição do parâmetro com maioria estatisticamente significante de ATQ contralateral com 81,3 e 18,8% de marcador esférico (p<0,001) ([Tabela 1]).

Tabela 1

n

%

valor-p

Gênero

Feminino

34

53,1%

0,480

Masculino

30

46,9%

Parâmetro

ATQ contralateral

52

81,3%

< 0,001

Marcador esférico

12

18,8%

A análise segmentada por parâmetro (ATQ contralateral ou marcador esférico) e em conjunto foi realizada inicialmente com a unificação dos implantes (haste, taça e colo). Nesta análise, foi utilizado o teste de igualdade de duas proporções.

A distribuição dos resultados para cada classificação (excelente, adequado e inadequado) com subdivisão de acordo com o parâmetro utilizado no planejamento e para cada avaliador está demonstrada na [Tabela 2]. Nos parâmetros em conjunto, a classificação adequada não apresentou diferença entre os avaliadores, enquanto que o planejamento digital do avaliador A1 (especialista) obteve classificação excelente em 60,4% das radiografias analisadas contra 26,0% do avaliador A2 (especializando), diferença estatisticamente significante (p<0,001) ([Tabela 3]). Já a classificação foi considerada inadequada em 11,5% dos casos analisados pelo avaliador A1 contra 39,6% dos casos analisados pelo avaliador A2 (p<0,001), resultado estatisticamente significativo.

Tabela 2

Excelente

Adequado

Inadequado

n

%

n

%

n

%

ATQ contralateral

Cirurgia – Experiente (A1)

105

67,3%

40

25,6%

11

7,1%

Cirurgia – Novato (A2)

44

28,2%

50

32,1%

62

39,7%

Novato – Experiente (B)

51

32,7%

55

35,3%

50

32,1%

Cabeça de 28mm

Cirurgia – Experiente (A1)

11

30,6%

14

38,9%

11

30,6%

Cirurgia – Novato (A2)

6

16,7%

16

44,4%

14

38,9%

Novato – Experiente (B)

13

36,1%

7

19,4%

16

44,4%

Todos

Cirurgia – Experiente (A1)

116

60,4%

54

28,1%

22

11,5%

Cirurgia – Novato (A2)

50

26,0%

66

34,4%

76

39,6%

Novato – Experiente (B)

64

33,3%

62

32,3%

66

34,4%

Tabela 3

Excelente

Adequado

Inadequado

ATQ contralateral

A1-A2

< 0,001

0,211

< 0,001

A1-B

< 0,001

0,065

< 0,001

A2-B

0,389

0,549

0,157

Cabeça de 28mm

A1-A2

0,165

0,633

0,458

A1-B

0,617

0,070

0,224

A2-B

0,061

0,023

0,633

Todos

A1-A2

< 0,001

0,186

< 0,001

A1-B

< 0,001

0,374

< 0,001

A2-B

0,118

0,665

0,290

Ao fragmentar a análise de acordo com o parâmetro utilizado (ATQ contralateral ou marcador esférico), apenas na comparação do planejamento do avaliador A1 de acordo com o cada parâmetro utilizado houve diferença estatística quanto às classificações excelente e inadequado, com 67,3% em ATQ contralateral como parâmetro contra 30,6% com marcador esférico nas classificações excelente (p<0,001) e inadequado de 7,1 contra 30,6%, respectivamente (p<0,001). Na avaliação fragmentada do avaliador A2, não foram encontradas diferenças com significância estatística.

Quando realizada a análise isolada ([Tabela 4]) de cada implante (haste, taça e colo), há diferença estatisticamente significativa (p<0,001) ([Tabela 5]) nos implantes colo e taça com parâmetro ATQ contralateral com superioridade do avaliador A1 nos planejamentos classificados como excelentes (76,9 e 67,3%, respectivamente), contra 28,8% (colo) e 23,1% (taça) do avaliador A2, enquanto a análise da haste não demonstrou diferença estatística. Não houve diferença estatística entre os avaliadores nas demais comparações isoladas dos implantes com marcador esférico como parâmetro.

Tabela 4

Excelente

Adequado

Inadequado

n

%

n

%

n

%

ATQ contralateral

Colo

Cirurgia - Experiente (A)

40

76,90%

10

19,20%

2

3,80%

Cirurgia - Novato (B)

15

28,80%

13

25,00%

24

46,20%

Novato - Experiente (C)

14

26,90%

18

34,60%

20

38,50%

Haste

Cirurgia - Experiente (A)

30

57,70%

15

28,80%

7

13,50%

Cirurgia - Novato (B)

17

32,70%

18

34,60%

17

32,70%

Novato - Experiente (C)

22

42,30%

16

30,80%

14

26,90%

Taça

Cirurgia - Experiente (A)

35

67,30%

15

28,80%

2

3,80%

Cirurgia - Novato (B)

12

23,10%

19

36,50%

21

40,40%

Novato - Experiente (C)

15

28,80%

21

40,40%

16

30,80%

Marcador esférico

Colo

Cirurgia - Experiente (A)

7

58,30%

5

41,70%

0

0,00%

Cirurgia - Novato (B)

3

25,00%

6

50,00%

3

25,00%

Novato - Experiente (C)

4

33,30%

3

25,00%

5

41,70%

Haste

Cirurgia - Experiente (A)

2

16,70%

4

33,30%

6

50,00%

Cirurgia - Novato (B)

1

8,30%

6

50,00%

5

41,70%

Novato - Experiente (C)

6

50,00%

1

8,30%

5

41,70%

Taça

Cirurgia - Experiente (A)

2

16,70%

5

41,70%

5

41,70%

Cirurgia - Novato (B)

2

16,70%

4

33,30%

6

50,00%

Novato - Experiente (C)

3

25,00%

3

25,00%

6

50,00%

Tabela 5

Excelente

Adequado

Inadequado

ATQ contralateral

Colo

A-B

< 0,001

0,478

< 0,001

A-C

< 0,001

0,077

< 0,001

B-C

0,827

0,284

0,427

Haste

A-B

0,01

0,527

0,02

A-C

0,117

0,83

0,087

B-C

0,311

0,676

0,52

Taça

A-B

< 0,001

0,403

< 0,001

A-C

< 0,001

0,216

< 0,001

B-C

0,502

0,687

0,306

Marcador esférico

Colo

A-B

0,098

0,682

0,064

A-C

0,219

0,386

0,012

B-C

0,653

0,206

0,386

Haste

A-B

0,537

0,408

0,682

A-C

0,083

0,132

0,682

B-C

0,025

0,025

1

Taça

A-B

1

0,673

0,682

A-C

0,615

0,386

0,682

B-C

0,615

0,653

1


#

Discussão

O planejamento cirúrgico digital ou convencional é o passo inicial para uma abordagem cirúrgica e um pós-operatório nos quais as possíveis dificuldades serão minimizadas.[2] No entanto, a magnificação, quando não realizada adequadamente, pode dar ao cirurgião uma falsa sensação de segurança. Desta forma, quando dispomos do planejamento digital, a presença do marcador esférico com o tamanho conhecido permite contornar a magnificação inadequada.

A posição do marcador esférico ao nível do trocanter maior é um método de posicionamento adequado[5] e uma opção reprodutível em muitos casos.

No entanto, o presente estudo demonstrou que a confiabilidade do planejamento com marcador esférico foi inferior ao da ATQ contralateral. Mesmo um avaliador experiente (A1), ao realizar o planejamento, obteve a classificação excelente em 67,3% comparado com os 30,6% do marcador esférico e reduziu um planejamento inadequado de 30,6% para 7,1% ao basear-se na ATQ contralateral ([Tabela 2]).

Ao analisar a excelência no planejamento de cada implante, observa-se uma igualdade na qualidade do planejamento da haste e uma superioridade do avaliador experiente (A1) na utilização do colo e da taça, o que demonstra a necessidade de uma maior experiência quando há envolvimento de implantes que exigem uma maior quantidade de parâmetros a serem respeitados para o seu ideal planejamento, como a taça, que deve respeitar a altura da lágrima, sem ultrapassar a linha de Kotler, a correta angulação e a porcentagem de cobertura da taça, ou quando o implante sofre maior influência de outros implantes não planejados adequadamente, como o colo.

Desta forma, para um cirurgião em formação, o treinamento do planejamento digital e a presença de um cirurgião mais experiente são fundamentais para o sucesso da cirurgia, já que mesmo com parâmetros fidedignos, como a ATQ contralateral, os índices entre excelente, adequado e inadequado foram estatisticamente semelhantes entre si.

Observa-se também ser necessário o aprimoramento de métodos de posicionamento do marcador esférico que se aproximem estatisticamente da reprodutibilidade encontrada ao ter-se como parâmetro a ATQ contralateral.


#

Conclusão

Nosso estudo evidenciou que a acurácia do planejamento digital é mais precisa quando realizada por um avaliador experiente e que a utilização da cabeça de prótese contralateral como referência se mostrou superior à utilização de um marcador no trocanter maior.

Desta forma, torna-se importante nos serviços de formação de especialistas em quadril a constante repetição relativa aos principais pontos de uma radiografia realizada adequadamente e um marcador esférico corretamente posicionado, assim como o treinamento e a supervisão de especialistas de quadril durante todas as etapas de uma cirurgia.

Por fim, até o mais experiente especialista deve ter como princípio sempre realizar o planejamento pré-operatório.


#
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Conflito de interesses

Os autores declaram não haver conflito de interesses.

Trabalho desenvolvido no Grupo de Quadril e Artroplastias do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do Hospital das Clinicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.


  • Referências

  • 1 Schwartsmann CR, Boschin LC. Quadril do adulto. In: Herbert S, Barros Filho TEP, Xavier R, Pardini Junior A, eds. Ortopedia e traumatologia: princípios e prática 4ª. ed. Porto Alegre: Artmed; 2009: 407-442
  • 2 Muller ME. Total hip replacement: planning, technique and complications. In: Cruess RL, Mitchell NS, eds. Surgical management of degenerative arthritis of the lower limb. Philadelphia: Lea & Faber; 1975: 90-113
  • 3 Müller ME. Lessons of 30 years of total hip arthroplasty. Clin Orthop Relat Res 1992; (274) 12-21
  • 4 Knight JL, Atwater RD. Preoperative planning for total hip arthroplasty. Quantitating its utility and precision. J Arthroplasty 1992; 7 (Suppl): 403-409
  • 5 Polesello GC, Salerno TT, Rezende JHZ, de Queiroz MC, Rabelo ND, Ricioli Junior W. Is it Important to Know Where to Place the Spherical Marker for Hip Replacement Digital Planning?. Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2020; 55 (03) 353-359
  • 6 TraumaCad® Joints. BRAINLAB, 25/04/2021. Acesso em: 20 de maio de 2021. Disponível em: https://www.traumacad.com/pdf/MK2U00579_C_TraumaCad_Joints_Brochure_EN_DIGITAL.pdf
  • 7 Polesello GC, Nakao TS, Queiroz MC. et al. Proposta de padronização do estudo radiográfico do quadril e da pelve. Rev Bras Ortop 2011; 46 (06) 634-642

Endereço para correspondência

Marcelo Zerbetto Fabricio, MD
Grupo de Quadril do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC/FMUSP, Rua Benedito Osvaldo Lecques, Bairro Parque Resid Aquarius
São José dos Campos, SP, 12246-021
Brasil   

Publication History

Received: 21 July 2021

Accepted: 24 September 2021

Article published online:
05 September 2022

© 2022. Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

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  • 7 Polesello GC, Nakao TS, Queiroz MC. et al. Proposta de padronização do estudo radiográfico do quadril e da pelve. Rev Bras Ortop 2011; 46 (06) 634-642

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Fig. 1 (A e B) Posicionamento da esfera metálica ao nível do trocanter maior de paciente em decúbito dorsal horizontal. (C) Tripé com esfera metálica de 28mm.
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Fig. 2 Planejamento digital.
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Fig. 1 (A and B) Metallic sphere positioning at the greater trochanter level of a patient in a horizontal supine position. (C) Tripod with a 28-mm metallic sphere.
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Fig. 2 Digital planning.