CC BY-NC-ND 4.0 · Rev Bras Ortop (Sao Paulo) 2020; 55(04): 448-454
DOI: 10.1055/s-0039-3402458
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Mão

Prevalência de ausência de função dos tendões do músculo flexor superficial do quarto e quinto dedos da mão na população brasileira[]

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1   Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
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Resumo

Objetivos Avaliar a prevalência da ausência de função dos tendões do músculo flexor superficial do quarto e quinto dedos em uma população brasileira.

Métodos Estudo prospectivo foi realizado no departamento de ortopedia e traumatologia de um hospital universitário. O estudo foi desenvolvido no período de outubro de 2017 a abril 2018. A amostra foi formada por voluntários sem histórico de trauma, cirurgia ou qualquer afecção dos membros superiores. Foram incluídos neste estudo indivíduos de ambos os gêneros com idade igual ou superior a 18 anos. A avaliação da função do tendão do múculo flexor superficial do quarto e quinto dedos foi realizada por meio de testes clínicos por três examinadores independentes. Para análise dos dados foi utilizado o programa GraphPad Prism 5.0 (GraphPad Software, San Diego, CA, EUA).

Resultados Foram analisados 1.008 voluntários totalizando 2.016 mãos. A prevalência da ausência de função do tendão do músculo flexor superficial do quarto dedo foi de 0,56% na mão direita e 0,99% na mão esquerda. Em relação ao gênero, foi verificado na mão direita uma maior prevalência da ausência de função do flexor superficial do quarto dedo no gênero feminino quando comparado ao masculino (p = 0,0328). Na mão esquerda não foi observada diferença entre os gêneros (p = 0,7562). A ausência de função do músculo flexor superficial no quinto dedo foi de 34,53% na mão direita e de 30,06% na mão esquerda. Quando analisamos o quinto dedo em relação aos gêneros, foi verificado que a prevalência da ausência de função do músculo flexor superficial foi mais frequente no gênero feminino que no masculino, tanto na mão direita (p = 0.0001) como na mão esquerda (p = 0.0003).

Conclusão Apesar de haver estudos realizados separadamente em diversas etnias, não havia na literatura dados referentes à prevalência da ausência de função do músculo flexor superficial do quarto e quinto dedos da mão em uma população miscigenada como a brasileira.


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Introdução

O músculo flexor superficial dos dedos (MFSD) é o maior músculo do antebraço e o único da camada intermediária dos músculos do antebraço.[1] O MFSD tem duas origens, uma úmero-ulnar e outra radial. Possui quatro tendões independentes que se dirigem aos dedos longos após atravessarem o túnel do carpo.[2] [3]

O sistema constituído pelo MFSD e seus tendões realiza a flexão de múltiplas articulações, tais como as articulações do punho, intercarpais, carpometacarpianas, metacarpofalângeas e interfalângicas proximais.[3] [4] [5]

Encontramos na literatura a descrição de músculos duplicados e acessórios, além de músculos anormais nos membros superiores. As variações anatômicas no MFSD e nos seus tendões têm prevalências distintas nas diversas populações estudadas.[5] [6] [7] [8] [9]

No sistema musculoesquelético, o MFSD é um dos músculos com mais variações anatômicas do corpo humano. Suas alterações funcionais podem acontecer devido à morfologia, origem, inserção e possíveis interconexões. Na população em geral, a ausência da função exclusiva do tendão do MFS do o quinto dedo é a variação mais comum.[3] [4]

A ausência da função do tendão do MFSD não tem despertado atenção dos ortopedistas por não afetar a força e a destreza na mão quando usadas nas atividades cotidianas.[1] [3] Entretanto, a ausência de função pode induzir a erros de diagnóstico durante o exame clínico para avaliação da presença de lesões do tendão do músculo flexor superficial do quarto e quinto dedos após ferimentos.[5] O cirurgião deve estar atento a essas variações para melhor interpretar os achados do exame físico assim como para indicar procedimentos cirúrgicos de reparação.[10] [11] [12]

Na literatura, a prevalência da ausência da função do MFS do quinto dedo apresenta uma variação de 0% na população da Índia a 30,77% na população britânica.[3] [4] [5] Tais variações podem ser justificadas por fatores étnicos, geográficos e diferenças metodológicas. Até o presente momento ainda não foi relatada na literatura a prevalência da ausência de função dos flexores superficiais do quarto e quinto dedo. Neste contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a prevalência da ausência de função dos MFS do quarto e quinto dedos em uma população multiétnica no Brasil.


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Materiais e Metodos

A presente pesquisa consiste de um estudo prospectivo, transversal e observacional realizado no departamento de ortopedia e traumatologia de um hospital universitário. O estudo foi desenvolvido no período de outubro de 2017 a abril 2018. A amostra foi formada por acompanhantes de pacientes que se tornaram voluntários. Esses voluntários não tinham histórico de trauma, cirurgia ou qualquer afecção nos membros superiores. Foram incluídos neste estudo indivíduos de ambos os gêneros que tivessem idade igual ou superior a 18 anos.

O projeto foi submetido e aprovado pela Plataforma Brasil e pelo comitê de ética sob o número 2481991, de acordo com as recomendações da resolução 466/96 do Conselho Nacional de Saúde para pesquisas em seres humanos. O pesquisador responsável convidou os voluntários a participarem desta pesquisa e neste momento explicou as etapas do estudo. Para firmar a autorização e participação dos pacientes, o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) foi entregue e assinado.

A identificação da função flexora superficial de cada dedo foi realizada por dois testes clínicos executados em ambas as mãos por três examinadores diferentes. Cada examinador realizou os testes descritos a seguir separadamente e em diferentes voluntários. Desta forma, um mesmo examinador não avaliou todos os voluntários, o que diminuiu o risco de viés de informação.

Para o quinto dedo, a identificação foi realizada mantendo-se todos os dedos em extensão com exceção do próprio quinto dedo. O punho foi mantido em supinação completa e extensão neutra. O voluntário foi solicitado a flexionar o dedo mínimo. A presença da função do MFSD foi estabelecida sempre que houvesse a flexão da articulação interfalângica proximal (IFP) sem flexão da articulação interfalângica distal (IFD) ([Figura 1]). A ausência da função do MFSD foi estabelecida quando a flexão da articulação IFP não fosse realizada ou quando a flexão da articulação IFP fosse realizada apenas em conjunto com a flexão da articulação IFD ([Figura 2]). O teste também foi considerado negativo quando a flexão da IFP do quinto dedo só fosse realizada em conjunto com a flexão da IFP do quarto dedo. Desta forma não havia função individual do MFS do quinto dedo.

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Fig. 1 Teste clínico para avaliar a presença da função do flexor superficial do quinto dedo. A flexão isolada da articulação interfalângica proximal confirma a função do músculo flexor superficial do quinto dedo.
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Fig. 2 Teste clínico para avaliar a presença da função do flexor superficial do quinto dedo considerado negativo.

Para o quarto dedo, a identificação foi realizada com todos os dedos estendidos exceto o quarto dedo. O punho foi mantido em supinação completa e extensão neutra. O voluntário foi solicitado a flexionar o quarto dedo. Se a flexão da articulação IFP ocorresse sem flexão da articulação IFD o teste foi interpretado como a presença da função do MFSD ([Figura 3]). Se a flexão da articulação IFP não ocorresse ou a flexão da articulação IFP ocorresse apenas em conjunto com a flexão da articulação IFD, era configurada ausência da função MFSD ([Figura 4]).

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Fig. 3 Teste clínico para a identificação da presença da função flexora superficial do quarto dedo.
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Fig. 4 Teste clínico para a identificação da presença da função flexora superficial do quarto dedo considerado negativo.

Análise Estatística

Todos os dados coletados foram organizados no software Excel (Microsoft Corp., Redmond, WA, EUA). A análise descritiva foi expressa em frequência e proporção. Para testar a homogeneidade entre as proporções foi utilizado o teste do qui-quadrado ou o teste exato de Fisher. Para análise dos dados foi utilizado o programa GraphPad Prism 5.0 (GraphPadSoftware, San Diego, CA, EUA), sendo adotado o nível de significância de 5%.


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Resultados

O presente estudo avaliou a prevalência da ausência de função dos tendões flexores superficiais do quarto e quinto dedos da mão em 1.008 indivíduos, totalizando 2.016 mãos. Quanto ao gênero, 531 (52,67%) pacientes eram do sexo masculino e 477 (47,33%) do sexo feminino ([Figura 5]). A idade variou de 18 a 70 anos com média de 38,42 anos.

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Fig. 5 Distribuição quanto ao gênero dos voluntários avaliados.

A prevalência da ausência de função do tendão do MFS do quarto dedo da mão foi de 06 (0,56%) na mão direita e de 10 (0,99%) na mão esquerda ([Figura 6]). Essa diferença não foi significativa. De acordo com o gênero, foi verificado que na mão direita houve maior prevalência desta ausência no sexo feminino em relação ao sexo masculino (p = 0,0328). Já na mão esquerda não foi observada diferença entre os gêneros (p = 0,7562). Os números absolutos podem ser encontrados na [Tabela 1].

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Fig. 6 Prevalência geral da presença dos tendões dos músculos flexores superficiais do quarto dedo da mão quanto ao lado.
Tabela 1

MFSD - Direito

MFSD – Esquerdo

Gênero

Prevalência de Função

% (n)

Ausência de Função

% (n)

p

Prevalência de Função

% (n)

Ausência de Função

% (n)

p

Homens

1 100% (n = 471)

0% (n = 0)

0,0328

98,88% (n = 525)

1,12% (n = 6)

0,7562

Mulheres

98,88% (n = 531)

1,12% (n = 6)

99,17% (n = 473)

0,83% (n = 4)

A prevalência da ausência de função do tendão flexor superficial do quinto dedo da mão foi analisada, sendo observada uma maior prevalência da ausência do MFS do quinto dedo na mão direita (34,53%) que na esquerda (30,06%), com significância estatística (p = 0,0361) ([Figura 7]). Quando analisamos a prevalência da ausência de função do tendão flexor superficial do o quinto dedo de acordo com o gênero, observamos que essa ausência foi mais frequente no sexo feminino que no masculino. Na mão direita observamos 37,10% no sexo feminino versus 23,72% no sexo masculino (p = 0.0001). Já na mão esquerda, a prevalência da ausência de função do MFS no sexo feminino foi de 40,26% versus 29,38% no sexo masculino (p = 0.0003). Os números absolutos podem ser encontrados na [Tabela 2].

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Fig. 7 Prevalência da ausência de função dos flexores superficiais do quinto dedo da mão.
Tabela 2

MFSD - Direito

MFSD – Esquerdo

Gênero

Presença de Função

% (n)

Ausência de Função

% (n)

p

Presença de Função

% (n)

Ausência de Função

% (n)

p

Homens

76,28% (n = 405)

23,72% (n = 126)

0.0001

70,62% (n = 375)

29,38% (n = 156)

0,0003

Mulheres

62,90% (n = 300)

37,10% (n = 177)

59,74% (n = 285)

40,26% (n = 192)


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Discussão

Estudos têm sido realizados nas diferentes regiões geográficas do mundo para elucidar a prevalência da ausência de função do MFS do quarto e quinto dedos. No entanto, existe uma escassez de dados em uma população formada por múltiplas etnias como a encontrada no Brasil.

O presente estudo analisou uma população com a idade média de 38 anos. Esse dado se aproxima do encontrado em outros estudos, que relataram a idade média de 40 e 41 anos.[13] [14] Nosso estudo apresentou uma idade média superior à relatada nos estudos de Kigera e Katusiime,[15] que analisaram uma população com idade média de 25 anos e de Raouf et al.,[16] que relataram a idade média de 23 anos.

As diferenças observadas entre os estudos podem ser justificadas principalmente devido ao grupo populacional estudado. Os estudos que analisaram a população em geral apresentaram um perfil de idade superior como a encontrada no nosso estudo. Em contrapartida, outros estudos analisaram grupos específicos, tais como estudantes, e, provavelmente devido a esse fato, apresentam uma faixa etária menor. A prevalência de ausência de função do MFS do quinto dedo pode afetar uma população ativa da sociedade gerando impactos econômicos e comprometendo a carreira de grupos específicos e altamente especializados, tais como os músicos.[13] [14] [15] [16]

Nossos resultados são concordantes com outros estudos que reportaram que os indivíduos do gênero feminino apresentaram com maior frequência a ausência de função do MFS do quinto dedo do que indivíduos do gênero masculino. Por outro lado, outros estudos mostraram que ambos os gêneros tinham prevalências semelhantes quanto à ausência de função do MFS do quarto e quinto dedos. Além disso, a prevalência no gênero feminino encontrada neste estudo em ambas as mãos foi maior que a encontrada no estudo de Bowman et al., que reportaram a prevalência de 18,6% na população feminina.[9] [10] [11] [12] [13] [14] [15]

Após avaliar nossos resultados e revisar a literatura, parece existir uma relação genética na prevalência baseada na etnia. Aqui nós observamos uma alta prevalência da ausência de função do MFS do quinto dedo de acordo com os relatos anteriores da literatura. Esses achados provavelmente são devidos à miscigenação encontrada no Brasil. Na África, a taxa global da prevalência da ausência de função foi baixa, chegando a 2,5%.[15] A prevalência da ausência de função do flexor superficial do quinto dedo relatadas nos países orientais foram mais baixas, tais como de 1,3% no Egito[16] e 4,3% no Iran.[17] Entre a população turca a prevalência é 18,5%. Já na China a prevalência da ausência foi de 6,4%.[18] Nos EUA, esta variou de 16 a 21%. Enquanto que, na Inglaterra, a prevalência de ausência da função FSD do quinto dedo na população geral varia de 13,7 a 25%,[19] e em músicos esta foi de 3,3%.

Outra diferença entre os estudos inclui o número amostral abordado em cada relato, que varia de 50 pessoas no estudo pioneiro de 1989 nos EUA a 800 pessoas no estudo africano. Dessa forma, é questionável se os dados relatados refletem a real prevalência da ausência do tendão do FSD do quinto dedo.

O presente estudo foi o primeiro a reportar a prevalência da ausência de função dos flexores superficiais do quarto e quinto dedos na população brasileira. Obviamente, existem outras diferenças que justificam a alta prevalência encontrada além do número amostral. Estudos anteriores[13] [14] [15] [16] [17] [18] avaliaram populações relativamente uniformes do ponto de vista racial. A miscigenação encontrada no Brasil, e a presença do índio brasileiro podem ser fatores atuantes no aumento da prevalência da ausência de função dos flexores superficiais do quarto e quinto dedos da mão visto no presente estudo. Em nenhum dos trabalhos realizados em outras populações havia a presença do índio brasileiro nem suas interações genéticas com outras raças.

Uma recente metanálise analisou a prevalência da ausência de função do flexor do quinto dedo em diferentes estudos e sugeriu que existe uma tendência evolutiva produzida pela adaptação natural de gerar a independência do quinto dedo. Este fator provavelmente reduzirá a prevalência da ausência de função deste músculo nas populações.

Os pacientes frequentemente se apresentam ao departamento de emergência com lesões agudas na mão e no antebraço. O cuidado padrão destes pacientes inclui o exame completo das funções neurológicas e vasculares. No entanto, tem sido demonstrado que o tendão flexor superficial do quinto dedo pode estar funcionalmente ausente, e a simples avaliação clínica da presença deste tendão deve ser incluída na rotina de cuidados,[20] [21] [22] especialmente na população brasileira, na qual constatamos uma alta prevalência da ausência de função desse flexor. Assim, a identificação da prevalência da ausência da função do MFSD pode ser útil para cirurgião da mão como parte dos critérios para reparo cirúrgico de afecções tendinosas.


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Conclusão

Apesar de haver estudos realizados separadamente em diversas etnias, não havia na literatura dados referentes à prevalência da ausência de função do MFS do quarto e quinto dedos da mão em uma população miscigenada como a brasileira. Lesões desses tendões devem ser corretamente avaliadas pois atingem a parcela produtiva da população, e sequelas oriundas de erro diagnostico podem produzir sérios impactos econômicos. A decisão de exploração e reparo cirúrgico deve ter como base o adequado exame físico e o conhecimento da alta prevalência de ausência da função desses tendões, principalmente do MFS do quinto dedo da mão, como evidenciado no presente estudo.


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Trabalho desenvolvido na disciplina de cirurgia da mão e membro superior do departamento de ortopedia e traumatologia da Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.


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Endereço para correspondência

Bruno Macêdo Oliveira, MD
Departamento de Ortopedia e Traumatologia, Universidade Federal de São Paulo
Rua Borges Lagoa, 786, São Paulo, SP
Brasil   

Publication History

Received: 18 January 2019

Accepted: 15 August 2019

Article published online:
29 May 2020

© 2020. The Author(s). This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial-License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commercial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/).

Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. Published by Thieme Revinter Publicações Ltda
Rio de Janeiro, Brazil

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Fig. 1 Teste clínico para avaliar a presença da função do flexor superficial do quinto dedo. A flexão isolada da articulação interfalângica proximal confirma a função do músculo flexor superficial do quinto dedo.
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Fig. 2 Teste clínico para avaliar a presença da função do flexor superficial do quinto dedo considerado negativo.
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Fig. 3 Teste clínico para a identificação da presença da função flexora superficial do quarto dedo.
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Fig. 4 Teste clínico para a identificação da presença da função flexora superficial do quarto dedo considerado negativo.
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Fig. 1 Clinical test to assess the presence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fifth finger. Isolated proximal interphalangeal joint flexion confirms its function.
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Fig. 2 Clinical test to assess the presence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fifth finger with negative result.
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Fig. 3 Clinical test to assess the presence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fourth finger.
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Fig. 4 Clinical test to assess the presence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fourth finger with negative result.
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Fig. 5 Distribuição quanto ao gênero dos voluntários avaliados.
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Fig. 6 Prevalência geral da presença dos tendões dos músculos flexores superficiais do quarto dedo da mão quanto ao lado.
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Fig. 7 Prevalência da ausência de função dos flexores superficiais do quinto dedo da mão.
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Fig. 5 Gender distribution of the subjects.
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Fig. 6 General prevalence of presence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fourth finger according to side.
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Fig. 7 Prevalence of the absence of flexor digitorum superficialis muscle tendon function for the fifth finger.