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DOI: 10.1055/s-0038-1673225
Craniectomias descompressivas para avc maligno em hospital de referência em Fortaleza/CE. Experiência dos primeiros 100 casos
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Introdução: Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda maior causa de óbitos no Brasil. Relacionado aos fatores de risco Hipertensão Arteriais Sistêmicos (HAS), Diabetes Mellitus, Dislipidemia, Obesidade e Tabagismo, torna-se uma doença com epidemiologia cada vez mais comum. O AVC em território de Artéria Cerebral Média (ACM) é de particular interesse na atuação do Neurocirurgião. Quando é distribuído em grande área desse território, pode causar edema hemisférico e está relacionado à Síndrome de Hipertensão Intracraniana, apresentando índices de até 80% de mortalidade. A Hemicraniectomia Descompressiva torna-se elemento de tratamento desses pacientes. Classificada como Nível 1A de evidência assim como o uso de Antiagregantes e Trombectomia Mecânica, pode reduzir a mortalidade para até 32%.
Objetivo: Analisar os resultados epidemiológicos gerais, assim como a mortalidade e a funcionalidade após 90 dias do tratamento dos primeiros 100 casos submetidos à Hemicraniectomia Descompressiva por AVC maligno em Hospital de Referência de Fortaleza.
Método: Estudo Retrospectivo, Observacional e Transversal com a inclusão dos primeiros 100 casos submetidos à Hemicraniectomia Descompressiva por AVC Maligno em Hospital de Referência de Fortaleza.
Resultados: O Estudo atingiu seus primeiros 100 pacientes após 58 meses do início das cirurgias no Hospital. A amostra consiste em distribuição igualitária entre os sexos. Média de idade de 43,2 anos, com variação dos 16 anos aos 71 anos. Dentre os principais fatores de risco associados, ganham destaque a HAS (48%), o Tabagismo (37%) e o Diabetes Mellitus (20%). Todos os pacientes da amostra tiveram as cirurgias indicadas em até 48 horas do início dos sintomas do AVC. No momento da indicação, o NIHSS médio era de 17 pontos e a Escala de Coma de Glasgow de 8 pontos. 17% se encontravam anisocóricos e 11% submetidos à Trombólise endovenosa no momento da indicação. A Mortalidade da amostra foi de 44%. Dos pacientes sobreviventes, após 90 dias o Rankin médio era 4,5.
Conclusão: A Hemicraniectomia Descompressiva é uma técnica com Nível 1A de evidência para tratamento de AVC maligno em território de ACM com comprovada redução de mortalidade em repetidos estudos quando se comparada à história natural da Patologia e deve ser uma técnica de arsenal disponível em Centros de Tratamento de AVC.
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Die Autoren geben an, dass kein Interessenkonflikt besteht.