CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673204
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento cirúrgico dos aneurismas da parede dorsal da artéria carótida interna ("blood-blister like"): experiência em uma série de 14 casos

Rita de Cássia Ferreira Valença Mota
1   Hospital da Restauração
,
Hildo Azevedo
1   Hospital da Restauração
,
Nivaldo Sena
1   Hospital da Restauração
,
Fátima Griz
1   Hospital da Restauração
,
Igor Faquini
1   Hospital da Restauração
,
Eduardo Vieira
1   Hospital da Restauração
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 
 

    Introdução: Aneurismas da parede dorsal da artéria carótida interna (ACI) são entidades raras. Tipicamente, eles surgem de pontos ICA não ramificados, são frequentemente não saculares, causados por dissecção focal, têm paredes frágeis, com uma morfologia semi-cúpula e são, portanto, comumente referidos como blister sanguíneo. Apresentam alta morbidade devido à alta probabilidade de ruptura intraoperatória. Diversos tipos de tratamento têm sido propostos, incluindo clipping direto, envolvimento, embolização com e sem o uso de stents.

    Objetivo: descrever nossa experiência com o tratamento cirúrgico de aneurismas da parede dorsal da ACI.

    Métodos: foram analisados gráficos retrospectivos e exames radiológicos, fotografias cirúrgicas e vídeos. Consultas ambulatoriais e contatos telefônicos foram realizados.

    Resultados: Foram identificados 14 pacientes com HAS secundária aos aneurismas da parede dorsal do ACI, dos quais 10 eram mulheres. A idade média foi de 45 anos. Hemorragia foi classificada como Fisher III em 13 casos e Fisher I em um caso de Fisher. O pré-tratamento médio de Hunt-Hess foi de 2,0. O tempo médio entre o AVC e o tratamento foi de 8,6 dias. Onze pacientes foram tratados por meio de craniotomia pteriônica clássica e 3 deles por acesso supraorbitário lateral. Em 13 casos foi possível reconstruir adequadamente o ACI com o uso de clipes e em um caso foi necessário utilizar a técnica de quebra de clipes. A angiografia de controle demonstrou completa exclusão do aneurisma em todos os casos, exceto um, onde a re-adesão foi necessária para o corte do aneurisma residual. Não houve complicações neurológicas significativas. Dois pacientes apresentaram fístula liquórica, com necessidade de reabertura para correção. A pontuação média de Glasgow Outcome Scale (GOS) no último seguimento foi de 4,4 com um seguimento médio de 23,4 meses.

    Conclusão: Em nossa experiência, o reparo cirúrgico de aneurismas da parede dorsal do ACI (Blood-Blister Like) foi associado a altas taxas de oclusão permanente e baixa morbidade cirúrgica. Em nossa opinião, a cirurgia deve ser sempre lembrada como uma alternativa ao tratamento efetivo e duradouro dessas lesões


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