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DOI: 10.1055/s-0038-1673104
Tratamento dos aneurismas do sistema carotídeo com stents redirecionadores de fluxo: série com 83 casos
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Os stents redirecionadores de fluxo (SRF) surgiram como uma opção de tratamento para aneurismas intracranianos complexos, nos quais o tratamento endovascular seletivo não é possível, ou é contraindicado, ou mesmo em casos que a oclusão da artéria afetada não é tolerada.
Objetivo: Descrever, avaliar e comparar os resultados obtidos no tratamento com SRF Silk, Pineline e Fred em uma série consecutiva de pacientes com aneurismas nos segmentos intracranianos da artéria carótida interna.
Material e método: Os dados foram obtidos de prontuários de 83 pacientes tratados com SRF, sendo 30 casos com Pipeline, 39 com Silk e 14 com Fred, no período de julho de 2012 a julho de 2017, com 96 aneurismas. Os sujeitos fizeram regime de antiagregação plaquetária dupla com AAS associado ao clopidogrel ou prasugrel. Seguimento angiográfico com 06 meses e com 1,5 anos. Foram coletados dados referentes ao gênero e idade dos pacientes; número, tamanho e tipo de stent utilizado; número, tamanho e morfologia do aneurisma; taxas de oclusão, suboclusão e não oclusão dos aneurismas; complicações relacionadas ao procedimento. Para avaliar qual dispositivo foi mais eficaz, foi realizado teste do Qui-quadrado de Pearson, admitindo-se p ≤ 0,01.
Resultados: A taxa de oclusão total foi de 85,37%; 7,72% de suboclusão e 6,91% de não oclusão. A taxa de oclusão total encontrada foi maior para o Fred (92,86%), do Pipeline foi de 88,89%, enquanto que para o SILK esse valor foi inferior, 74,36%. A taxa de complicações observada foi de 8,9%, das quais 5,35% foram acidentes vasculares cerebrais, sendo 02 isquêmicos e 01 hemorrágico, uma migração do stent (1,78%) e uma quebra do stent (1,78%).
Conclusão: Os SRF Pepeline e Silk são da primeira geração e o Fred, da segunda, comparativamente, este possui malha dupla, maior facilidade de manuseio, ótima recaptação, liberação mais simples, melhor visualização das extremidades e bom acoplamento a parede arterial. Ambos são eficazes no tratamento de aneurismas da artéria carótida interna, sem diferença estatisticamente significativa. Apresentam baixas taxa de complicações, altas taxas de oclusão e cura dos aneurismas tratados com baixa morbimortalidade, conferindo indicação segura de tratamento.
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