Int Arch Otorhinolaryngol 2012; 16(02): 163-169
DOI: 10.7162/S1809-97772012000200003
Original Article
Thieme Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Hearing symptoms personal stereos

Sintomas auditivos em usuários de estéreos pessoais
Tiara Santos da Luz
1   Graduation in Phonoaudiology. Phonoaudiologist.
,
Ana Lúcia Vieira de Freitas Borja
2   Master in Medicine and Health Human being for the Bahiana Foundation for the Development of Sciences, FBDC, Brazil. Professor of the Federal University of the Bahia.
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

15 June 2011

14 November 2011

Publication Date:
05 December 2013 (online)

Summary

Introduction: Practical and portable the personal stereos if had become almost indispensable accessories in the day the day. Studies disclose that the portable players of music can cause auditory damages in the long run for who hear music in high volume for a drawn out time.

Objective: to verify the prevalence of auditory symptoms in users of amplified players and to know its habits of use

Method: Observational prospective study of transversal cut carried through in three institutions of education of the city of Salvador BA, being two of public net and one of the private net. 400 students had answered to the questionnaire, of both the sex, between 14 and 30 years that had related the habit to use personal stereos.

Results: The symptoms most prevalent had been hyperacusis (43.5%), auricular fullness (30.5%) and humming (27.5), being that the humming is the symptom most present in the population youngest. How much to the daily habits: 62.3% frequent use, 57% in raised intensities, 34% in drawn out periods. An inverse relation between exposition time was verified and the band of age (p = 0,000) and direct with the prevalence of the humming.

Conclusion: Although to admit to have knowledge on the damages that the exposition the sound of high intensity can cause the hearing, the daily habits of the young evidence the inadequate use of the portable stereos characterized by long periods of exposition, raised intensities, frequent use and preference for the insertion phones. The high prevalence of symptoms after the use suggests a bigger risk for the hearing of these young.

Resumo

Introdução: Práticos e portáteis os estéreos pessoais se tornaram acessórios quase indispensáveis no dia a dia. Estudos revelam que os tocadores de música portáteis podem causar danos auditivos a longo prazo para quem ouve música em alto volume por um tempo prolongado.

Objetivo: verificar a prevalência de sintomas auditivos em usuários de tocadores amplificados e conhecer os seus hábitos de uso

Método: Estudo prospectivo observacional de corte transversal realizado em três instituições de ensino da cidade de Salvador- BA, sendo duas de rede pública e uma da rede privada. Responderam ao questionário 400 estudantes, de ambos os sexos, entre 14 e 30 anos que referiram o hábito de utilizar estéreos pessoais.

Resultados: Os sintomas mais prevalentes foram hiperacusia (43,5%), plenitude auricular (30,5%) e zumbido (27,5), sendo que o zumbido é o sintoma mais presente na população mais jovem. Quanto aos hábitos diários: 62,3% usam frequentemente, 57% em intensidades elevadas, 34% em períodos prolongados. Verificou-se uma relação inversa entre tempo de exposição e a faixa de idade (p = 0,000) e direta com a prevalência do zumbido.

Conclusão: Apesar de admitirem ter conhecimento sobre os danos que a exposição a som de alta intensidade pode causar a audição, os hábitos diários dos jovens evidenciam o uso inadequado dos estéreos portáteis caracterizados por longos períodos de exposição, intensidades elevadas, uso frequente e preferência pelos fones de inserção. A alta prevalência de sintomas após o uso sugere um risco maior para a audição desses jovens.

 
  • Bibliographic References

  • 1 Tarantino M. Cuidado: o som alto do seu tocador portátil pode provocar perda auditiva. Revista eletrônica Medicina e Bem Estar capturada, novembro 2006. Disponível em: http://www.terra.com.br/istoe/1932/medicina/1932_abaixe_o_volume.htm Acesso em 15.11.09
  • 2 Bahia CS, Borja ALV. Sintomas auditivos referidos pelos usuários de player portátil. In: XVIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais. 2009; . Salvador (BA); 21 a 24 de outubro. p. 2141.
  • 3 Morata TC, Santos UP. Efeitos do ruído na audição. In: Santos UP. Ruído: riscos e prevenção. 1ª Ed. São Paulo: Hucitec; 1999. , pp. 43–53
  • 4 Ventura CT, Fiorini AC. Música amplificada: uma revisão sobre seus efeitos na saúde. In: XVIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais; 2009. . Salvador (BA); 21 a 24 de outubro. p. 2698.
  • 5 Borja ALV, Souza BF, Ramos MM, Araújo RPC. O que os jovens adolescentes sabem sobre as perdas auditivas induzidas excesso de ruído?. Rev Ciênc Méd e Biol 2002; 1 (1) 86-98
  • 6 Russo ICP, First D, Abud NCD. El uso del estéreo personal: conocimiento y la concienciade los adolescentes. Asha 2009; 1: 22-37
  • 7 Momensonh-Santos TM, Freitas TVD, Molinaro MCG, Lamas C, Bueno C, Nogueira M. O uso dos equipamentos de som pessoais e a presença de zumbido. In: XVIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais; 2009. . Salvador (BA); 21 a 24 de outubro. p. 2201.
  • 8 Nascimento DP, Santos APB, Yonezaki C. Efeitos do uso excessivo de equipamentos eletroportáteis em altos níveis sonoros na audição. In: XVII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais; 2008. . Campos Jordão (SP); 24 a 27 de setembro. p. 1149.
  • 9 Gonçalves VSB, Lacerda JMV, Brito LKB, Oliveira NCM. Estudo dos hábitos auditivos em estudantes de escola privadas na cidade de João Pessoa. In: XVIII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais; 2009. . Salvador (BA); 21 a 24 de outubro. p. 2417.
  • 10 Jorge JJ, ALegre ACM, Greco MC, Angelini MCA, Barros PM. Hábitos e limiares auditivos de jovens em relação à música eletronicamente amplificada através de equipamentos com fone de ouvido. Rev Bras de Otorrinolaringol 1996; 62 (6) 424-34
  • 11 Momensonh-Santos TM, Lopes MKD. Uso de sistemas de som estéreos pessoais em um grupo de trabalhadores. In: XVII Congresso Brasileiro de Fonoaudiologia. Anais; 2008. . Campos Jordão (SP); 24 a 27 de setembro. p. 173.
  • 12 Garstecki D. Fones de ouvido IPods podem danificar audição. Plantão INFO, janeiro. 2006. Disponível em: http://info.abril.com.br/aberto/infonews/012006/02012006-6.shl . Acesso em 20 de out. 2010.
  • 13 Andrade AIA, Russo ICP, Lima MLLT, Oliveira LCS. Avaliação auditiva em músicos de frevo e maracatu. Rev Bras de Otorrinolaringol 2002; 68 (5) 714-720
  • 14 Jorge Jr. JJ, Alegre ACM. A audição dos jovens e sua relação com hábitos de exposição à música eletronicamente amplificada. Introdução ao tema e uma revisão bibliográfica. Rev Bras de Otorrinolaringol 1995; 61 (1) 7-13
  • 15 Russo ICP, Momensohn TM, Busgaib BB, Osterne FGJ. Um estudo comparativo sobre os efeitos da exposição à música em músicos de trio elétrico. Rev Bras de Otorrinolaringol 1995; 61 (6) 477-484
  • 16 Silveira JAM, Brandão ALA, Rossi JD, Ferreira LLA, Name MAM, Estefan P, Gonçalez F. Avaliação da alteração auditiva provocada pelo uso de walkman, por meio da audiometria tonal e das emissões otoacústicas (produto de distorção): estudo da 40 orelhas. Rev Bras de Otorrinolaringol 2001; 67 (5) 650-654
  • 17 Russo ICP. Ruído, seus efeitos e medidas preventivas. In: ______ (Org). Acústica e Psicoacústica aplicada à fonoaudiologia. 1ª Ed. São Paulo: Lovise; 1999. , pp. 157–169
  • 18 Santos-Momensohn TM, Duran A. Risco de perda auditiva por uso de discman: estudo sobre os níveis de pressão sonora medidos em sistema de CD player. Rev Distúrbio da Comunicação 1995; 61 (3) 7-13
  • 19 Tochetto TM, Gonçalves MS, Gambini C. Hiperacusia em músicos da banda militar. Rev Soc Bras Fonoaudiol 2007; 12 (4) 298-303