CC BY-NC-ND 4.0 · Arq Neuropsiquiatr 2021; 79(11): 982-988
DOI: 10.1590/0004-282X-ANP-2021-0023
Article

Association between headache and tinnitus among medical students

Associação entre cefaleia e zumbido em acadêmicos de medicina
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
,
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
,
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
,
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
,
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
,
1   Centro Universitário UniFTC, Salvador BA, Brazil.
› Institutsangaben

ABSTRACT

Background: Headache is a very common complaint and it is increasingly prevalent among university students. Tinnitus consists of subjectively perceived sounds that occur in the absence of an external auditory signal. Presence of headache and tinnitus in association has implications for therapy and prognosis, because this describes the temporality of the symptoms. Recognition of the epidemiological profile of symptomatic students might contribute to interventions. Objective: To investigate the prevalence of the association between headache and tinnitus, and to describe the epidemiological profile of the study population and the chronological order of appearance of these symptoms. Methods: Cross-sectional, observational and analytical study on a sample representative of an academic center. Data referring to the epidemiological and clinical profile of headache and tinnitus among medical students were collected through an online questionnaire built using the Google Forms tool. Results: Out of the 234 participants, 26.1% reported having tinnitus and headache (p < 0.001). The participants with headache were more likely to be women (p = 0.045), white (p = 0.009) and 21-25 years old (p = 0.356). Among right-sided, left-sided and non-unilateral headaches, tinnitus was present predominantly in the non-unilateral type, but without statistical significance. Regarding timing, 18.0% of the students said that tinnitus started before headache, 57.4% said that headache started before tinnitus and 24.6% said that they started simultaneously. Conclusions: An important association between headache and tinnitus regarding lateralization and temporality was demonstrated. Thus, these data match the presumption that headache and tinnitus have a physiopathological connection.

RESUMO

Antecedentes: A cefaleia é uma queixa muito frequente e a prevalência em estudantes universitários vem sendo cada vez mais comum. Os zumbidos constituem percepções subjetivas de sons que acontecem na ausência de um sinal auditivo externo ou não. A correlação desses sintomas é importante para fins terapêuticos e prognóstico, pois descrever a temporalidade dos sintomas e conhecer o perfil epidemiológico dos estudantes sintomáticos pode contribuir com intervenções. Objetivo: Investigar a prevalência da relação da cefaleia e zumbido, descrever o perfil epidemiológico da população estudada e a ordem temporal do aparecimento desses dois sintomas. Métodos: Estudo de corte transversal, observacional e analítico representativo de um centro acadêmico. Foram coletados dados referentes ao perfil epidemiológico e clínico da cefaleia e zumbido entre acadêmicos de Medicina, por meio de um questionário online construído na ferramenta Google Forms. Resultados: Dos 234 participantes, 26,1% relataram a presença de zumbido e cefaleia. Os participantes com cefaleia apresentaram maior probabilidade de serem mulheres, da raça branca e ter entre 21-25 anos. Dentre as cefaleias sem unilateralidade, as localizadas à direita e as localizadas à esquerda, o zumbido predominou no tipo sem unilateralidade, entretanto sem significância estatística. Observou-se que 18,0% dos acadêmicos relataram o início do zumbido antes da cefaleia, 57,4% relataram o início da cefaleia antes do zumbido, e 24,6% início simultâneo. Conclusões: Foi demonstrada uma importante relação entre cefaleia e zumbido acerca da lateralidade e temporalidade. Assim, esses dados se encaixam na presunção de que a cefaleia e o zumbido possuem uma ligação fisiopatológica.

Authors’ contributions:

DRB, MAAD: conception, design, materials, data collection, analysis and interpretation, literature review, writing and critical review; LRB, LABC: analysis and interpretation, literature review, writing and critical review; KMA, BFL: design, supervision, analysis and interpretation, writing and critical review.




Publikationsverlauf

Eingereicht: 18. Januar 2021

Angenommen: 24. Februar 2021

Artikel online veröffentlicht:
04. Juli 2023

© 2021. Academia Brasileira de Neurologia. This is an open access article published by Thieme under the terms of the Creative Commons Attribution-NonDerivative-NonCommercial License, permitting copying and reproduction so long as the original work is given appropriate credit. Contents may not be used for commecial purposes, or adapted, remixed, transformed or built upon. (https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/)

Thieme Revinter Publicações Ltda.
Rua do Matoso 170, Rio de Janeiro, RJ, CEP 20270-135, Brazil

 
  • REFERENCES

  • 1 Faro P. Dia nacional do combate à cefaleia [Internet]. Sociedade Brasileira de Cefaleia. 2017 [cited 2020 May 1]. Available from: https://sbcefaleia.com.br/noticias.php?id=321
  • 2 Gherpelli JLD. Tratamento das cefaléias. J Pediatr (Rio J). 2002 Jul;78 Suppl 1:S3-8. https://doi.org/10.2223/JPED.844
  • 3 Pessigatti BP, Rodrigues APC, Aguiar PV, Dias FM. Health biopsychosocial aspects of students and collaborators of a higher education institution suffering from headache. Br J P. 2020 Jan-Mar;3(1):19-24. https://doi.org/10.5935/2595-0118.20200005
  • 4 Sobieski M, Korzeniewska A. Tension-type headache-most prevalent, still unknown. World Sci News. 2019;135(9):14-31.
  • 5 Speciali JG, Kowacs F, Jurno ME, Bruscky IS, Carvalho JJC, Goreth F, et al. Protocolo nacional para diagnóstico e manejo das cefaleias nas unidades de urgência do Brasil. Academia Brasileira de Neurologia; Departamento Científico de Cefaleia da Sociedade Brasileira de Cefaleia; 2018 [cited 2020 May 1]. 11 p. Available from: https://sbcefaleia.com.br/images/protocolo cefaleia urgencia.pdf
  • 6 Johansson A-M, Vikingsson H, Varkey E. The physiotherapist, an untapped resource for headaches: a survey of university students. Eur J Physiother. 2017 Jul;20(1):45-50. https://doi.org/10.1080/21679169.2017.1352023
  • 7 Park B, Choi HG, Lee H-J, An S-Y, Kim SW, Lee JS, et al. Analysis of the prevalence of and risk factors for tinnitus in a young population. Otol Neurotol. 2014 Aug;35(7):1218-22. https://doi.org/10.1097/MAO.20210023202100230472
  • 8 Manche SK, Madhavi J, Meganadh KR, Jyothy A. Association of tinnitus and hearing loss in otological disorders: a decade-long epidemiological study in a South Indian population. Braz J Otorhinolaryngol. 2016 Nov-Dec;82(6):643-9. https://doi.org/10.1016/j.bjorl.2015.11.007
  • 9 Lockwood AH, Salvi RJ, Burkard RF. Tinnitus. N Engl J Med. 2002 Sep 19;347(12):904-10. https://doi.org/10.1056/NEJMra013395
  • 10 Figueiredo RR, Azevedo AA, Oliveira PM. Análise da correlação entre a escala visual-análoga e o Tinnitus Handicap Inventory na avaliação de pacientes com zumbido. Rev Bras Otorrinolaringol. 2009 Jan-Feb;75(1):76-9.
  • 11 Langguth B, Hund V, Busch V, Jurgens TP, Lainez JM, Landgrebe M, et al. Tinnitus and headache. Biomed Res Int. 2015;2015:797416. https://doi.org/10.1155/2015/797416
  • 12 Comitê de Classificação das Cefaleias da Sociedade Internacional de Cefaleia. The International Classification of Headache Disorders (ICHD-3). 3rd ed. São Paulo: Omnifarma Editora; 2018. 78p.
  • 13 Ferri-de-Barros JE, de Alencar MJ, Berchielli LF, Castelhano Junior LC. Cefaléia em estudantes de medicina e psicologia. Arq Neuropsiquiatr. 2011 Jun;69(3):502-8. https://doi.org/10.1590/S0004-282X2011000400018
  • 14 Andrade AFB, Back DFFT, Rocha EF, Duarte GF, Batista ICB, Jurno ME, et al. Prevalência e fatores associados à enxaqueca nos estudantes da Faculdade de Medicina de Barbacena, MG - Brasil. Rev Med Minas Gerais. 2011;21(1):25-31.
  • 15 Lima AS, Araújo RC, Gomes MRA, Almeida LR, Souza GFF, Cunha SB, et al. Prevalência de cefaleia e sua interferência nas atividades de vida diária em adolescentes escolares do sexo feminino. Rev Paul Pediatr. 2014 Jun;32(2):256-61. https://doi.org/10.1590/0103-0582201432212113
  • 16 Carneiro AF, Cavalcante Neto PG, Ferreira JFIS, Garcia BF, Silva FDAC, Leal PRL. A prevalência de cefaleia e fatores psicossociais associados em estudantes de medicina no Ceará. Rev Med (São Paulo). 2019 May-Jun;98(3):168-79. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v98i3p168-179
  • 17 Hoover E. An analysis of the Association of American Medical Colleges’ review of minorities in medical education. J Natl Med Assoc. 2005 Sep;97(9):1240-56.
  • 18 Dhalla IA, Kwong JC, Streiner DL, Baddour RE, Waddell AE, Johnson IL. Characteristics of first-year students in Canadian medical schools. CMAJ. 2002 Apr 16;166(8):1029-35.
  • 19 Mildner NM, Gobbato CZ, Panatto APR, Madeira K, Rosa MI, Simões PWTA. Características da cefaléia do tipo migrânea em pacientes atendidos no ambulatório médico da Universidade do Extremo Sul Catarinense no período de 2004 a 2009. Arq Catarin Med. 2012;41(4):57-62.
  • 20 Guichard E, Montagni I, Tzourio C, Kurth T. Association between Headaches and Tinnitus in young adults: cross-sectional study. Headache. 2016 Jun;56(6):987-94. https://doi.org/10.1111/head.12845
  • 21 Lindberg P, Lyttkens L, Melin L, Scott B. Tinnitus-incidence and Handicap. Scand Audiol. 1984;13(4):287-91. https://doi.org/10.3109/01050398409042138
  • 22 Lugo A, Edvall NK, Lazar A, Mehraei G, Lopez-Escamez J-A, Bulla J, et al. Relationship between headaches and tinnitus in a Swedish study. Sci Rep. 2020 May 22;10(1):8494. https://doi.org/10.1038/s41598-020-65395-1
  • 23 Dini PS, Batista NA. Graduação e prática médica: expectativas e concepções de estudantes de medicina do 1° ao 6° ano. Rev Bras Educ Med. 2004 Sep-Dec;28(3):198-203. https://doi.org/10.1590/1981-5271v28.3-026
  • 24 Alwahbi MK, Alamri MM, Alammar AM, Alanazi AM, Alotaibi AG, Alharbi SK, et al. Prevalence of migraine among medical students of King Saud Bin Abdulaziz University for Health Sciences. Int J Sci Res. 2017 Feb;6(2):894-8.
  • 25 Desouky DE, Zaid HA, Taha AA. Migraine, tension-type headache, and depression among Saudi female students in Taif University. J Egypt Public Heal Assoc. 2019 Jan 29;94(1):7. https://doi.org/10.1186/s42506-019-0008-7
  • 26 Henry P, Duru G, Chazot G, Dartigues JF. La migraine en France. Paris: John Libbey Eurotext; 1993. 118p.
  • 27 Guimarães AC, de Carvalho GM, Voltolini MMFD, Zappelini CEM, Mezzalira R, Stoler G, et al. Estudo da relação entre o grau de incômodo de pacientes com zumbido e a presença de hiperacusia. Braz J Otorhinolaryngol. 2014 Jan-Feb;80(1):24-8. https://doi.org/10.5935/1808-8694.20140007
  • 28 Llinás RR, Ribary U, Jeanmonod D, Kronberg E, Mitra PP. Thalamocortical dysrhythmia: a neurological and neuropsychiatric syndrome characterized by magnetoencephalography. Proc Natl Acad Sci U S A. 1999 Dec 21;96(26):15222-7. https://doi.org/10.1073/pnas.96.26.15222
  • 29 Moazami-Goudarzi M, Michels L, Weisz N, Jeanmonod D. Temporo-insular enhancement of EEG low and high frequencies in patients with chronic tinnitus. QEEG study of chronic tinnitus patients. BMC Neurosci. 2010 Mar 24;11(1):40. https://doi.org/10.1186/1471-2202-11-40
  • 30 De Tommaso M, Ambrosini A, Brighina F, Coppola G, Perrotta A, Pierelli F, et al. Altered processing of sensory stimuli in patients with migraine. Nat Rev Neurol. 2014 Mar;10(3):144-55. https://doi.org/10.1038/nrneurol.2014.14
  • 31 De Ridder D, Vanneste S, Langguth B, Llinas R. Thalamocortical dysrhythmia: a theoretical update in tinnitus. Front Neurol. 2015 Jun 9;6(4):124. https://doi.org/10.3389/fneur.2015.00124
  • 32 Schmidt S, Naranjo JR, Brenneisen C, Gundlach J, Schultz C, Kaube H, et al. Pain ratings, psychological functioning and quantitative EEG in a controlled study of chronic back pain patients. PLoS One. 2012 Mar 14;7(3):e31138. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0031138
  • 33 Santos R, Rêgo RCS, Santos VLB, Prado MR. Prevalência de cefaleia e seus impactos em estudantes de medicina em uma universidade pública. Rev Bras Neurol. 2019 Jul-Sep;55(3):5-8.
  • 34 Rodrigues OMPR, Viana NPM, Palamin MEG, Calais S. Estresse e zumbido: o relaxamento como uma possibilidade de intervenção. Psicol Teor e Prática. 2014;16(1):43-56. https://doi.org/10.15348/1980-6906/psicologia.v16n1p43-56.
  • 35 Lima RL, Soares MEC, Prado SN, Albuquerque GSC. Estresse do estudante de medicina e rendimento acadêmico. Rev Bras Educ Med. 2016 Oct-Dec;40(4):678-84. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v40n4e01532015
  • 36 Morgan HL, Petry AF, Licks PAK, Ballester AO, Teixeira KN, Dumith SC. Consumo de estimulantes cerebrais por estudantes de medicina de uma universidade do extremo sul do Brasil: prevalência, motivação e efeitos percebidos. Rev Bras Educ Med. 2017 Jan-Mar;41(1):102-9. https://doi.org/10.1590/1981-52712015v41n1rb20160035
  • 37 Marcondelli P, Costa THM, Schmitz B AS. Nível de atividade física e hábitos alimentares de universitários do 3 ao 5 semestres da área de saúde. Rev Nutr. 2008 Jan-Feb;21(1):39-47. https://doi.org/10.1590/S1415-52732008000100005
  • 38 Castilho CP, de Limas LMD, Monteiro ML, da Silva PHMN, Bueno H, Fari TA. A privação de sono nos alunos da área de saúde em atendimento nas Unidades Básicas de Saúde e suas consequências. Rev Med (São Paulo). 2015 Apr-Jun;94(2):113-9. https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v.94i2p113-119
  • 39 de Castro Júnior EF, Barreto LA, Oliveira JAA, Almeida PC, Leite JAD. Avaliação do nível de atividade física e fatores associados em estudantes de medicina de Fortaleza-CE. Rev Bras Ciênc Esporte. 2012 Dec;34(4):955-67. https://doi.org/10.1590/S0101-32892012000400011