CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2018; 14(S 01): 1-80
DOI: 10.1055/s-0044-1797563
PÔSTER
TEMÁRIO: RADIOTERAPIA

MUTAÇÃO IDH1 E A RELAÇÃO COM O PROGNÓSTICO E A SENSIBILIDADE AO TRATAMENTO COM RADIOTERAPIA EM GLIOMAS DIFUSOS

Roseane Eloiza Maximo Silva
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA COLMAN
,
Ana Cristina Araujo Lemos da Silva
1   UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLANDIA COLMAN
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Introdução: Os gliomas correspondem a 20% dos casos dos tumores do sistema nervoso central e a 80% dos tumores malignos. A mutação IDH1 está presente em mais de 80% dos oligodendrogliomas e oligoastrocitomas graus II e III e glioblastomas secundários, conferindo maior sobrevida global aos pacientes. A radioterapia é fundamental no tratamento dos gliomas e tem-se tentado demonstrar que o efeito da radioterapia também está relacionado com a presença da mutação IDH1. Métodos: Avaliou-se 20 pacientes submetidos a radioterapia exclusiva no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia no período de 2005 a 2016. A análise histopatológica e imunohistoquimica foi feita através da releitura dos blocos e lâminas de histologia. A amostra foi calculada utilizando o Sistema G Power* 3.1.9.2, tamanho de efeito de 0.5, probabilidade de erro de 0.05 e poder de teste de 90%.Os testes foram aplicados utilizando um nível de significância de 5 % (p < 0.05). Resultados: 65% dos pacientes eram do sexo masculino. A média de idade dos pacientes foi de 48.7 anos. A presença da mutação IDH1 foi identificada em 40% da amostra. Dos pacientes com a mutação, 75% era do sexo masculino. A mutação IDH1 estava presente em 83.33% dos glioma grau II, 33.33% dos glioma grau III e em 25 % dos GBM. Nos pacientes com a mutação, as lesões foram frequentes na região frontal direita (42,9%), temporal direita (28,6%) e frontal esquerda (28,6%). A sobrevida média dos pacientes sem a mutação IDH1 foi de 17.37 meses(Erro padrão 7.76;IC:2.15-32.59) e a sobrevida média dos pacientes com a mutação IDH presente foi de 36.16 meses(Erro padrão 10.40;IC:15.57-56.75)-p 0.223. A dose de radioterapia se relacionou com a sobrevida (correlação 0.52;p 0.03). Discussão: Os dados epidemiologicos foram semelhantes a literatura(Estimativa 2018: Incidência de Câncer no Brasil, 2017) (OSTROM et al., 2015). Não houve diferença significativa entre a mutação IDH e a idade. Houve tendência de melhora na sobrevida nos pacientes mutados, assim como descrito na literatura (PARSONS et al., 2008); (COHEN; HOLMEN; COLMAN, 2013). Conclusão: Não foi identificado diferença significativa na relação da mutação com o sexo, a idade e a localização anatômica e foi identificada uma tendência de significância entre a dose de radioterapia e a mutação e entre a sobrevida global e a presença da mutação IDHI.Estudos com maior número de participantes se faz necessário para melhor avaliação estatística.



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11 March 2025

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