CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2018; 14(S 01): 1-80
DOI: 10.1055/s-0044-1797550
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TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA

COMPARAÇÃO DE PLANEJAMENTOS COM E SEM ADIÇÃO DE MARGENS DE OTIMIZAÇÃO EM BRAQUITERAPIA DE ALTA TAXA DE DOSE PARA TUMORES DE PRÓSTATA

Gustavo Costa Panissi
1   HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS
,
Gustavo Donisete Fioravante
1   HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS
,
Fábio de Lima Costa Faustino
1   HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS
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André Banhate da Silva
1   HOSPITAL DO CÂNCER DE BARRETOS
› Author Affiliations

Introdução: A Braquiterapia de alta taxa de dose (HDR) é uma importante ferramenta no tratamento de tumores de próstata (PRT). O delineamento do alvo e de órgãos de risco através de imagens de ultrassom gera um impacto direto na escolha de posições de inserção das agulhas e no planejamento. Com isso, a adição de uma margem de otimização (OTM) para a PRT pode vir a ser uma alternativa para o planejamento, gerando melhor cobertura da lesão e limitando dose em órgãos de risco. Objetivo: Avaliar dosimetricamente planejamentos com e sem margem de otimização, observando parâmetros de cobertura na PRT e de relação dose-volume em órgãos de risco. Método: Planejamentos de 16 pacientes já tratados em teleterapia com regime de 37,5 Gy (15 × 250 cGy) e aplicação única de 15 Gy de HDR de PRT foram avaliados. Os planejamentos foram feitos utilizando o sistema VitesseTM 3.0 (Varian Medical Systems). Duas técnicas foram comparadas: na primeira a OTM foi realizada na PRT com base na imagem de ultrassom (CTV), conforme protocolo do departamento, e na segunda a OTM foi realizada em uma estrutura com margem de 0,3 cm em todas as direções do CTV, exceto na região posterior próxima ao reto. Para cada um dos dois planos, foram utilizados o mesmo número de agulhas, inseridas nas mesmas posições e sob os mesmos parâmetros de OTM. Após a OTM dos planos, foram coletados dados volumétricos e dosimétricos para a PRT, uretra e reto, além de índices de qualidade (IQ) de cobertura e homogeneidade do alvo. Resultados: Ao otimizar na estrutura com margem, foi verificado um aumento na cobertura da PRT acima de 100% da dose prescrita, quando avaliados D95% e D90%. Alguns casos sem a margem chegaram a apresentar cobertura abaixo desse valor. Para a Uretra, a adição da margem levou a um aumento médio de 1,5% para o parâmetro D10%, porém se mantendo menor ou igual a 118% da dose de prescrição, limite estabelecido na literatura. Os parâmetros avaliados para o Reto não sofreram alterações significativas, com diferença em média menor do que 1Gy. Para os IQ, parâmetros para avaliação da Não-Uniformidade (DNR) e Homogeneidade (DHI) do plano não sofreram alterações. Conclusão: A utilização de uma margem para otimização contribui para a melhora da cobertura da PRT, não comprometendo o volume de regiões com superdosagem, os limites de dose em reto e uretra e os parâmetros de qualidade. Conclui-se, desta forma, que tal técnica pode ser utilizada como estratégia de planejamento em nosso departamento.



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Article published online:
11 March 2025

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