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DOI: 10.1055/s-0044-1797467
ESTUDO RETROSPECTIVO DE TOXICIDADES EM PACIENTES COM CARCINOMA EPIDERMÓIDE DE CANAL ANAL TRATADOS COM RADIOTERAPIA E QUIMIOTERAPIA CONCOMITANTE COM CISPLATINA
Introdução: A quimiorradioterapia é o método preferido de tratamento para o câncer de canal anal(SCCAC) pois cura muitos pacientes enquanto preserva o esfíncter anal.Padronizou-se o uso concomitante de fluoracila (FU) e mitomicina (MMC) durante a radioterapia(RT). Os primeiros estudos sugeriram o aumento nas taxas de sobrevida global e sobrevida livre de colostomia com a troca da MMC pela cisplatina(CDDP).Diante da disponibilidade limitada de MMC, muitos pacientes são tratados com a combinação de CDDP e 5FU.O objetivo deste estudo é avaliar se houve mudanças nas toxicidades da RT nestes pacientes. Métodos: Foi realizado estudo retrospectivo e unicêntrico, sendo analisados os prontuários de pacientes com diagnóstico de SCCAC que receberam quimioterapia com CDDP e RT no período de julho de 2015 a novembro de 2016. Resultados Foram tratados 29 pacientes com CCDP associados a 5FU infusional e RT.Foram 20 mulheres e 9 homens.O ECOG pré tratamento era de 0 ou 1 em 25 pacientes.O HIV era ausente em 21, sendo que 7 faziam uso de TARV e infecção oportunista estava presente em 2 pacientes. O estadio TNM pré tratamento da maioria era T2, N0 e M0, com predominância de estádio IIIB. A resposta clínica completa em 6-8 semanas e aos 6 meses após tratamento foi de 50% e 72%.O RECIST com resposta completa nestes períodos foi de 25% e 60.8%.A toxicidade grau 3/4 foi presente em 27 pacientes e a grau 5 em 1 paciente. Em relações a náuseas e vômitos e anemias foi predominante o grau 1. Linfopenia e radiodermite foi grau 3. Demais toxicidades foram predominantemente ausentes. Dos pacientes analisados,8 tiveram o tratamento interrompido e 8 precisaram de internação. Apenas 2 pacientes não realizaram ambos ciclos de QT.26 terminaram o tratamento, sendo que 21 deles dentro do tempo esperado.Em relação à RT,1 paciente tratou com técnica 3D e 28 com IMRT.A prescrição máxima variou de 55.5Gy a 50.4Gy. Em relação aos dados globais, 25 não apresentaram recidiva local, 27 não apresentaram recidiva a distância. pacientes não apresentaram recidivas, sendo que ao fim do seguimento 26 estavam vivos e 21 livres de colostomia. Conclusões: Em nossas análises vimos que o tratamento para os pacientes com SCCAC realizado com a RT e CDDP tem toxicidades aceitáveis e bons resultados, principalmente diante de uma maioria de pacientes em estádio IIIB. Mostra-se também que na indisponibilidade da MMC esse esquema de tratamento pode ser uma alternativa segura.Análise comparando os dois tipos de tratamento está programada.
Publication History
Article published online:
11 March 2025
© 2018. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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