CC BY 4.0 · Brazilian Journal of Oncology 2018; 14(S 01): 1-80
DOI: 10.1055/s-0044-1797455
PÔSTER
TEMÁRIO: FÍSICA MÉDICA

CONTROLE DE QUALIDADE DE DOSÍMETROS CLÍNICOS: QUESTÕES PRÁTICAS SOBRE O FATOR CALIBRAÇÃO

Jony Marques Geraldo
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
,
Lucas Soares Almeida
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
,
Clara Bicalho Nascimento
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
,
Eduardo Mateus Motta Trindade
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
,
Fernanda Martins Bastos
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
,
Clever Gomes Laperriere
1   HOSPITAL LUXEMBURGO - INSTITUTO MARIO PENNA
› Author Affiliations

O dosímetro clínico é o instrumento de medição mais importante de um serviço de Radioterapia, pois fornece o fator calibração dos aceleradores que é fundamental para a determinação da dose recebida pelo paciente. Normas específicas da CNEN recomendam a sua calibração bianual, além de exigência de calibração trimestral em fontes de referência1. O objetivo é responder três questões: (1) Há diferença no comportamento de um conjunto dosimétrico ligado na rede elétrica comparado com o seu uso ligado na bateria interna? (2) O que acontece com o fator calibração se a câmara de ionização for trocada? E se a mesma câmara de ionização for utilizada em eletrômetros diferentes? (3) Qual o melhor intervalo de tempo para leitura da corrente de fuga? Equipamentos utilizados: um eletrômetro fabricado pela Standard Imaging modelo MAX 4000 e um PTW modelo UNIDOS E; três câmaras de ionização fabricadas pela PTW sendo duas modelo TN30001 e uma TN30013; uma Scanditronix modelo CC13; fonte de referência de 90Sr fabricado pela IBA, modelo CDC. Os testes seguiram a metodologia apontada pelo TEC DOC 11512 e na análise estatística foi utilizado o teste de t Student. Medidas de carga no eletrômetro com e sem a bateria interna diferem por 0,03%. Os resultados são idênticos com significância estatística (p<0,002). Cruzando câmaras e eletrômetros, verifica-se diferenças de até 3% no fator calibração quando se troca o eletrômet-ro e podem superar 450% trocando-se a câmara com o mesmo eletrômetro. O comportamento da câmara de ionização é predominante na determinação do fator calibração. Verifica-se uma forte dependência da corrente de fuga com o intervalo de tempo da medida, sendo recomendável medir por tempos superiores a 60 minutos. Conclusão: as leituras do eletrômetro são indiferentes para o uso ou não da sua bateria interna. Na medida da corrente de fuga deve-se empregar o maior tempo possível e que não seja inferior à duração da dosimetria clínica. Verificou-se ainda que a câmara de ionização é predominante na determinação do fator calibração, sendo possível (mas não recomendável) o uso do mesmo fator calibração com eletrômetros diferentes. Referências :1. Brasil. Norma CNEN NN 6.10, publicado no DOU em 24/12/2014. 2. Brasil. INCa TEC DOC 1151. 2000.



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Article published online:
11 March 2025

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