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DOI: 10.1055/s-0044-1797444
AVALIAÇÃO DO IMPACTO DOSIMÉTRICO PARA TERAPIA COM ARCOS VOLUMÉTRICOS MODULADOS (VMAT) NA TRANSFERÊNCIA DE TRATAMENTO ENTRE ACELERADORES LINEARES DE DIFERENTES GERAÇÕES
Introdução: O departamento onde foi realizado este estudo possui dois aceleradores lineares (AL) de um mesmo fabricante - AL A e AL B - sendo o A de uma geração anterior ao B. Suas propriedades dosimétricas para campos abertos e estáticos são semelhantes, porém a entrega de dose com campos dinâmicos pode ser diferente devido aos avanços nos sistemas de controle dos parâmetros mecânicos. Não há literatura sobre o impacto dosimétrico em decorrência do intercambio de tratamento entre estes ALs. Objetivos: O objetivo deste trabalho é avaliar o impacto dosimétrico no tratamento com VMAT quando realizada a transferência para um AL de outra geração. Metodologia: Utilizou-se medidas com câmara de ionização (CI) e filmes radiocrômicos (FR), estes últimos analisados com um escâner monocanal de luz branca, para verificação da garantia de qualidade paciente-específico, e também, a reprodução dos ensaios descritos no documento AAPM TG-119, tanto no AL de planejamento quanto para o de transferência. Foi estabelecido um critério gama de 3%/3mm e limiar de dose em 15%. Elegeu-se casos de sítios anatômicos diversos, doses e fracionamentos variados, planejamentos com feixe de fótons de energia de 6MV, mesmo algoritmo e parâmetros de cálculo de dose e obrigatoriamente o uso de mandíbulas estáticas. Resultados: No total foram trabalhados 13 casos do AL A (44 medidas com CI e 40 com FR) e 18 casos do AL B (54 medidas com CI e 50 com FR). O cálculo do limite de confiança referente ao planejamento e execução no AL A resultou em 3,3% para CI e 96,5% para FR, enquanto para o planejamento e execução no AL B resultou em 3,2% e 93,4%, respectivamente para os mesmos detectores. Os planos de A executados em B resultaram num limite de confiança de 3,0% para CI e 96,8% para FR. Na transferência dos planos de B para A obteve-se 5,1% para CI e 92,9% para o FR. Conclusões: Notou-se que os planos de tratamento gerados no sistema de planejamento para o AL A podem ser executados em B sem diferenças dosimétricas expressivas. Por outro lado, a via inversa mostrou uma maior variabilidade das medidas. No entanto, mesmo havendo diferenças dosimétricas neste processo, se o número de transferências para um mesmo paciente for controlado e limitado, pode-se garantir a precisão na dose total entregue dentro de uma tolerância especificada. Portanto, foi confirmada a segurança na transferência de tratamento entre estes ALs sob condições especiais e justificáveis para tal execução.
Publication History
Article published online:
11 March 2025
© 2018. This is an Open Access article distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License, which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original work is properly cited.
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