CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764947
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 113832
Vídeos

PASSO A PASSO: LINFADENECTOMIA PÉLVICA LATERAL COM NEURÓLISE DO NERVO CIÁTICO

Daniel Mauricio Londono Estrada
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Fabio Lopes de Queiroz
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Marco Antonio Miranda
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Thais Faier
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Frederico Augusto Moreira Costa
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Antonio Lacerda Filho
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Paulo Rocha França Neto
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Alan Araujo
1   Hospital Felicio Rocho, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Relato do Caso Um paciente de 56 anos, com histórico de adenocarcinoma de reto baixo de estádio III em 2015, recebeu tratamento neoadjuvante com quimioterapia e radioterapia, seguido de ressecção tumoral com excisão total do mesorreto (ETM) em 2016. Em 2020, uma RMN pélvica demostrou lesão tumoral recidivada na região pélvica com invasão tumoral na incisura isquiática direita. Em março de 2020, ele foi submetido a nova abordagem. No vídeo, apresentamos a realização de uma linfadenectomia lateral pélvica seletiva direita, na qual o nervo hipogástrico direito e o ureter direito são reparados e identificados. Posteriormente, é realizada a dissecção do peritônio sobre os vasos ilíacos externos e, depois, a dissecção ao longo da artéria umbilical obliterada, vesical superior, e os ramos da artéria ilíaca interna. A fossa obturatória é dissecada com a identificação e preservação do nervo obturatório e ciático, com posterior retirada do tecido linfoadiposo da região. Os espaços avasculares foram identificados para a realização da linfadenectomia sem sangramento. Não houve complicações intra ou pós-operatoriaa, com perda sanguínea mínima. O anatomopatológico demostrou adenocarcinoma moderadamente diferenciado infiltrativo em fragmento de tecido fibroadiposo.

Discussão A sobrevida média após o diagnóstico de recidiva locorregional (RLR) sem tratamento é de 7 meses, e a sobrevida em 5 anos é inferior a 5%; no entanto, a sobrevida global sob tratamento multidisciplinar pode chegar a 40%. Atualmente, o único tratamento curativo é a ressecção radical para a obtenção da excisão completa (R0). Estudos demonstram que, em pacientes cuidadosamente selecionados com RLR ressecável não metastizada que receberam terapia neoadjuvante com radioterapia e ETM para o tumor primário, a sobrevida global é semelhante à de pacientes que não receberam terapia neoadjuvante com radioterapia para o tumor primário.

Considerações Finais A RLR do câncer retal é uma doença que pode ser tratável, sendo a cirurgia a única opção curativa, a qual é um desafio para os cirurgiões colorretais. Todos os pacientes com suspeita de RLR de câncer retal devem ser estudados, tratados e acompanhados em hospitais especializados por equipes multidisciplinares, com cirurgiões com experiencia nesse tipo de ressecções cirúrgicas.



Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023

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