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DOI: 10.1055/s-0043-1764783
SARCOMA DE PARTES MOLES EM PACIENTE COM DOENÇA DE CROHN EM USO DE TERAPIA IMUNOSSUPRESSORA: RELATO DE CASO
Apresentação do Caso Paciente do sexo masculino, de 41 anos, com doença de Crohn (DC), havia 8 anos (Montreal A2L3B2), que havia sido submetido previamente a ileocolectomia direita por videolaparoscopia, sem intercorrências. Ele estava em uso de azatioprina (AZA, 2 mg/Kg/dia) para a prevenção da recidiva pós-operatória, em virtude dos fatores de mau prognóstico (cirurgia prévia e idade jovem). Entretanto, após quatro meses de tratamento, o paciente apresentou diarreia, emagrecimento e necessidade de esteroides. O estadiamento revelou recorrência endoscópica (Rutgeerts i2B). Optou-se pela associação com infliximabe (IFX), e o paciente apresentou remissão clínica e endoscópica. Após dois anos de tratamento, optou-se pela manutenção do IFX, em monoterapia. Em 2019, o paciente apresentou perda de resposta ao tratamento, e decidiu-se pela reintrodução da AZA e aumento da dose do IFX. Novamente, houve resposta completa ao tratamento. Em novembro de 2021, o paciente notou crescimento de um nódulo endurecido na coxa direita, indolor. Em janeiro de 2022, passou em consulta com o ortopedista, que indicou excisão local do nódulo tumoral. O anatomopatológico diagnosticou um mioepitelioma maligno (cT1 cN0 cM0). Optou-se pela suspensão do IFX e da AZA, sem sinais de recorrência inflamatória e neoplásica.
Discussão A terapia biológica modificou o curso natural da DC, e os estudos mostram redução nas taxas de hospitalização e cirurgia para o tratamento de suas complicações e agudizações. Os primeiros medicamentos biológicos utilizados foram os bloqueadores do fator de necrose tumoral (anti-TNF). Mais recentemente, foram aprovados medicamentos seletivos, tais como os agentes anti-integrina e os anti-interleucinas 12/23. Apesar das várias opções de tratamento, o perfil de segurança é fundamental no planejamento do tratamento. Pacientes em uso de anti-TNF podem apresentam maior risco de neoplasias hematológicas. Além disso, há contraindicação do seu uso no caso de histórico de melanoma ou na presença de neoplasias malignas, como no caso do paciente em discussão. Desta forma, terapias mais seguras devem ser preferidas.
Comentários Finais O tratamento de pacientes com doença inflamatória intestinal e que desenvolvem neoplasias maligna é desafiador. Nesses casos, sugere-se interromper do uso de imunossupressores e dos anti-TNFs e prescrever medicamentos mais seletivos e com melhor perfil de segurança.
Publikationsverlauf
Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023
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