CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764727
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 114187
Pôster Eletrônico

TERAPIA DE VÁCUO ENDOSCÓPICO NO MANEJO CONSERVADOR DE DEISCÊNCIA DE ANASTOMOSE COLORRETAL: UM RELATO DE CASO

Rafaela de Souza Novo
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
,
Barbara Buccelli Colonno
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Elis Oliveira
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Francisco Tustumi
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Rafael Vaz Pandini
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Lucas Soares Gerbasi
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Victor Edmond Seid
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Sergio Eduardo Alonso Araujo
1   Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Apresentação do Caso Deiscência em anastomoses gastrointestinais está entre as complicações cirúrgicas de maior importância, e, tratando-se da anastomose colorretal, a incidência varia de 3% a 21%. O presente relato busca apresentar e discutir o manejo de deiscência de anastomose colorretal após excisão total do mesorreto por adenocarcinoma colorretal. Apresentaremos o caso de paciente do sexo masculino, de 74 anos, com adenocarcinoma de reto de estadiamento cT3bcN0cM0 ao diagnóstico. O tumor localizava-se abaixo da reflexão peritoneal, com margem distal 6 cm acima da borda anal e extensão de 4,5 cm. Como manejo oncológico, optou-se por neoadjuvância com quimio e radioterapia e, ao término de três meses, foi indicada retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto e ileostomia de proteção laparoscópica. Apesar de o procedimento cirúrgico ter seguido sem particularidades com sutura mecânica confeccionada sem intercorrências, o paciente evoluiu com deiscência da anastomose colorretal no quarto dia de pós-operatório. Para manejo da deiscência, optou-se inicialmente por tratamento conservador com antibioticoterapia e drenagem de coleção por radiologia intervencionista. Após manutenção de débito fecaloide no dreno intracavitário, o paciente foi submetido a terapia com vácuo endoscópico via sonda retal endoluminal. A sigmoidoscopia de controle demonstrou, ao final de quinze dias, melhora significativa do aspecto da coleção, com regressão de diâmetro da solução de continuidade parietal. Atualmente, o paciente segue em reavaliação para possível reconstrução de trânsito.

Discussão Mesmo com a alta morbimortalidade associada da excisão total do mesorreto para adenocarcinoma, têm-se publicado na literatura poucas diretrizes baseadas em evidências robustas a respeito do manejo das deiscências anastomóticas. A terapia com vácuo endoscópico mostra-se como alternativa possível de ser empregada em casos selecionados. A terapia a vácuo como tratamento de deiscência de anastomose envolve diversos mecanismos de ação, sendo a promoção de angiogênese um dos principais, junto com redução da contaminação e do edema. Dessa forma, o vácuo endoscópico pode agir sobre alguns dos fatores de mau prognóstico nas anastomoses de maior risco.

Comentários Finais Com este relato, objetivamos demonstrar bons resultados com uma terapia relativamente acessível e reprodutível para o manejo conservador de deiscência em anastomoses colorretais.



Publikationsverlauf

Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023

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