CC BY-NC-ND 4.0 · Journal of Coloproctology 2022; 42(S 01): S1-S219
DOI: 10.1055/s-0043-1764680
Câncer do Cólon/Reto/Ânus
ID – 114616
Pôster Eletrônico

COLECTOMIA VIA OSTOMIA PARA CORREÇÃO DE PROLAPSO DE TRANSVERSOSTOMIA EM PACIENTE COM NECROSE DE ANASTOMOSE COLOANAL

Catarina Bacelar Giehl Alarcão
1   Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
,
Eryka Pamella Vieira Bispo
1   Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
,
Erick Resende de Azevedo Campos
1   Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
,
Milton Sant'ana de Freitas Filho
1   Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
,
João de Aguiar Pupo Neto
1   Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Apresentação do Caso Paciente de 54 anos, do sexo masculino, sem comorbidades, com diagnóstico de adenocarcinoma de reto baixo a 4 cm da margem anal, que foi submetido a transversostomia em alça devido a obstrução tumoral seguida de neoadjuvância. No seguimento, observou-se citorredução parcial da lesão. Solicitou-se ressonância magnética de reto e canal anal para reestadiamento, que mostrou lesão residual (T2), e foi indicada retossigmoidectomia com anastomose coloanal, realizada em maio de 2021. No pós-operatório, o paciente evoluiu com necrose do segmento distal do cólon rebaixado, assim como da musculatura esfincteriana. Por perda do seguimento pós-operatório, o paciente foi examinado após um ano, e o exame proctológico mostrou estenose total do canal anal associada a grande prolapso de transversostomia. Para melhor elucidação do quadro, foram realizadas tomografia de abdome e colonoscopia via transversostomia. Ficou evidenciada ausência de comunicação do cólon esquerdo com o canal anal e o fundo cego do mesmo, visualizado por colonoscopia. Devido à redução da qualidade de vida e à dificuldade de cuidados diários do paciente com sua ostomia prolapsada, foi indicada correção cirúrgica.

Discussão Uma colostomia em alça é confeccionada, tipicamente, a partir dos cólons transverso ou sigmoide não peritonializados. Ostomias em alça podem ser temporárias ou permanentes, mas são encorajadas quando existe a intenção de reversibilidade. Suas complicações podem ser precoces ou tardias e em sua maioria são tratadas de maneira conservadora até que seja possível a reconstrução do trânsito intestinal. Nesse caso, como não havia a opção de reversibilidade, optou-se por uma abordagem menos invasiva, e foi realizada colectomia via ostomia do segmento prolapsado.

Comentários finais A confecção de ostomias é um componente importante e realizado principalmente em condições emergenciais para descompressão do trânsito intestinal. Apesar de ser um procedimento comum, suas complicações ainda são frequentes e podem piorar a qualidade de vida dos pacientes ostomizados. A correção com mínima invasão, como em uma colectomia via ostomia, reduz a morbidade do procedimento cirúrgico e possibilita a correção do prolapso em pacientes em que a reconstrução de trânsito não é uma opção.



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Artikel online veröffentlicht:
16. März 2023

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