Abstract
Introduction The precise identification of anatomical structures and lesions in the brain is the main objective of neuronavigation systems. Brain shift, displacement of the brain after opening the cisterns and draining cerebrospinal fluid, is one of the limitations of such systems.
Objective To describe a simple method to avoid brain shift in craniotomies for subcortical lesions.
Method We used the surgical technique hereby described in five patients with subcortical neoplasms. We performed the neuronavigation-guided craniotomies with the conventional technique. After opening the dura and exposing the cortical surface, we placed two or three arachnoid anchoring sutures to the dura mater, close to the edges of the exposed cortical surface. We placed these anchoring sutures under microscopy, using a 6–0 mononylon wire. With this technique, the cortex surface was kept close to the dura mater, minimizing its displacement during the approach to the subcortical lesion. In these five cases we operated, the cortical surface remained close to the dura, anchored by the arachnoid sutures. All the lesions were located with a good correlation between the handpiece tip inserted in the desired brain area and the display on the navigation system.
Conclusion Arachnoid anchoring sutures to the dura mater on the edges of the cortex area exposed by craniotomy constitute a simple method to minimize brain displacement (brain-shift) in craniotomies for subcortical injuries, optimizing the use of the neuronavigation system.
Resumo
Introdução A identificação precisa de estruturas anatômicas e lesões no cérebro é o principal objetivo dos sistemas de neuronavegação. Brain shift, deslocamento do cérebro após abertura das cisternas e drenagem de líquor, é uma das limitações do método.
Objetivo Descrever um método simples para se evitar brain shift nas craniotomias para lesões subcorticais.
Método A técnica cirúrgica descrita foi utilizada em cinco casos de pacientes portadores de neoplasias subcorticais. As craniotomias guiadas por neuronavegação foram realizadas com a técnica habitual. Após abertura da dura-máter e exposição da superfície cortical, dois ou três pontos de ancoramento da membrana aracnoide foram realizados na dura-máter, junto às bordas da superfície cortical exposta. Estes pontos de ancoramento foram feitos sob microscopia utilizando-se mononylon 6–0. Com esta técnica, a superfície do córtex era mantida junto à dura-máter, minimizando seu deslocamento durante a abordagem da lesão subcortical. Nos cinco casos em que a técnica foi utilizada, a superfície cortical permaneceu próxima à dura-máter, ancorada pelas suturas da aracnoide. Todas as lesões foram localizadas com boa correlação entre a ponteira inserida na área cerebral desejada e o registro do sistema de navegação.
Conclusão Suturas de ancoramento da aracnoide na dura-máter junto às bordas da área de córtex exposta pela craniotomia constituem método simples para minimizar o deslocamento do cérebro (brain-shift) nas craniotomias para lesões subcorticais, otimizando a utilização do sistema de neuronavegação.
Keywords
neuronavigation - brain shift - surgical technique - brain surgery
Palavras-chave
neuronavegação - brain shift - técnica cirúrgica - cirurgia cerebral