CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673222
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Perfil epidemiológico dos pacientes operados com aneurisma intracraniano no hospital de base do DF no ano de 2017

Thiago Dantas de Souza Brandão
1   Hospital de Base do DF
,
Flavio Leao Lima
1   Hospital de Base do DF
,
Emilte Pulcinelli
1   Hospital de Base do DF
,
Victor Hugo Espindola
1   Hospital de Base do DF
,
Noel Peixoto Schechtman
1   Hospital de Base do DF
,
Igor Brenno Campbell Borges
1   Hospital de Base do DF
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Apesar dos avanços no tratamento da hemorragia subaracnóide decorrente de uma ruptura de um aneurisma intracraniano, os óbitos ocasionados por esta patologia podem chegar até 40%. No entanto, estudos prospectivos como o ISUIA indicam um risco pequeno de ruptura de um aneurisma quando sua dimensão é menor ou igual a 4 mm. Hoje se tem duas linhas de tratamento que são a microcirurgia com clipagem do aneurisma e o tratamento endovascular com coils. Esse trabalho se fundamenta em relatar e traçar o perfil epidemiológico para os casos de aneurismas intracranianos rotos tratados com microcirurgia vascular no Hospital de Base do DF no ano de 2017. Foi realizada um estudo retrospectivo através da análise em prontuário eletrônico dos pacientes operados. Foram estudados um total de 58 pacientes. 76% desses pacientes se enquadrando no sexo feminino. Pode-se observar que houve uma taxa de óbito de 28% de todos os casos. Quando analisado esses aneurismas pela localização, pode-se observar uma predominância em aneurismas da bifurcação da artéria cerebral média (ACM), com 33%, 24% com aneurisma de artéria comunicante posterior (ACoP), seguido de 22% de aneurisma da artéria comunicante anterior (ACoA). Os pacientes, segundo a avaliação inicial seguindo a escala de Hunt&Hess, foram em sua maioria classificados como II ou III no momento da admissão, correspondendo a 38% e 43% respectivamente. Proporcionalmente foi observado uma incidência maior de mortes em pacientes classificados como grau V, onde metade desses pacientes morreram durante a internação. Pela escala de Fisher, dos pacientes classificados como 4, foi onde ocorreu a maior proporção de óbitos, ficando em 34% dos casos neste grupo. Dos 58 avaliados, 15% necessitaram de procedimento de derivação, DVP ou DVE.

Conclusão: Apesar de tudo, a técnica microcirúrgica para aneurisma se mostra como opção segura e recomendada para o tratamento dos aneurismas intracranianos.