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DOI: 10.1055/s-0038-1673214
Os benefícios da embolização com stent de aneurismas intracranianos no desfecho clínico dos pacientes
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A prevalência de aneurismas intracranianos é 2–3% da população geral. Com avanços em técnicas endovasculares, a embolização com bobinas de aneurismas intracranianos é considerada um tratamento alternativo válido em relação à clipagem cirúrgica. Porém, com o uso de bobina assistida por balão ou técnica de microcateter duplo, às vezes pode ser limitado, devido à falta de suporte permanente para a massa da bobina dentro do saco de aneurisma. A tecnologia com a assistência de stent foi desenvolvida para obter uma embolização segura do saco de aneurismas.
Objetivos: Comparar o desfecho clínico de pacientes tratados com embolização associada com stent em relação com aqueles submetidos apenas à embolização com bobina.
Métodos: Trata-se de uma revisão sistemática, realizada entre 05 e 10 de janeiro de 2018. Foram utilizadas as bases de dados PUBMED e SCOPUS. Os critérios de inclusão foram: periódicos em inglês; estudos realizados em humanos; e estudos randomizados. Os critérios de exclusão são: periódicos fora da temática exigida. A amostra final é composta de 26 artigos.
Resultados: A introdução da embolização assistida com stent levou a uma mudança conceitual no manejo do aneurisma intracraniano. O tratamento endovascular sem stent apresentou um aumento da taxa de recorrência. Estudiosos demonstraram que o uso do stent facilitou uma embalagem de bobina de mais alta densidade e uma vedação do pescoço aneurismático mais estável. A taxa de recanalização foi 7,4% no grupo com o dispositivo de suporte e foi de 32,7% no grupo não tratado com esse dispositivo. A taxa de ruptura intra-operatória foi de 2,7% no tratamento com stent associado, em comparação com 4,2% no grupo de embolização sem o dispositivo associado. A população submetida à embolização com essa técnica apresentou menor recorrência que aqueles tratados com uso de bobina isolado. A oclusão no seguimento foi maior na oclusão completa inicial de aneurismas com o uso do dispositivo (100%) que em aneurismas embolizados isoladamente (53,8%).
Conclusão: Comparado com a embolização isolada, a associação desta terapia com a colocação de stent pode ter melhor durabilidade, com segurança comparável para ruptura de aneurismas intracranianos. A oclusão completa deve ser alcançável com a combinação da bobina e stent, pois permite assegurar uma oclusão permanente em aneurismas intracranianos.