CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673199
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Síndrome da cauda equina por malformação arteriovenosa medular

Marcus Vinicius de Morais
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Carlos Roberto Massella Junior
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Raphael Esteves Veiga
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
José Cláudio Monteiro Rodrigues Filho
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Hykaro Leonelli Thiers Rister
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Rômulo Almino de Alencar Arrais Mota
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Rafael Duarte de Souza Loduca
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Thais Aparecida Marques da Silva
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
,
Paulo Mácio de Porto Melo
1   Hospital Militar da Área de São Paulo
› Institutsangaben
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Apresentação do caso: Paciente masculino, 17 anos, encaminhado para avaliação devido perda súbita de força em membros inferiores associada a incontinência urinária após tratamento endovascular para síndrome de May-Thurner. Submetido a cirurgia de urgência com laminectomia e artrodese via posterior T11–L2. Durante procedimento, realizada durotomia com visualização de vasos tortuosos sugestivos de malformação arteriovenosa (MAV) medular. Programada, então, a segunda abordagem com tratamento cirúrgico da lesão vascular, sendo necessária também estender a laminectomia e artrodese para T7–L3. Em ambas as cirurgias, a monitorização neurológica intraoperatória ocorreu sem eventos de alarme. O paciente recebeu alta e evoluiu de força motora grau 2 nos membros inferiores no pré-operatório inicial para força motora grau 4+ no retorno ambulatorial no sexto mês de pós-operatório.

Discussão: A malformação arteriovenosa medular é uma entidade rara e de difícil manejo clínico. O padrão-ouro para o diagnóstico é realizado por angiografia. Tradicionalmente, a classificação é baseada em sua localização e nutrição vascular, sendo dividida em fístula arteriovenosa (FAV) extradural, FAV intradural, FAV extradural-intradural, MAV medular e MAV de cone medular, sendo que ainda podem haver subclassificações. Sua forma mais comum, a FAV intradural dorsal corresponde por 80% de todas as mais em medula espinhal. Em alguns casos, é necessário associar o tratamento endovascular ao microcirúrgico. Casos de MAV medular e de cone medular podem se apresentar com paraparesia ou paraplegia e sintomas vesicais, apresentando, inclusive, urgência cirúrgica em alguns destes casos.

Comentários finais: A MAV medular é uma entidade rara e que deve constar nos diagnósticos diferenciais de síndrome da cauda equina, principalmente quando o caso foge à epidemiologia habitual da síndrome.