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DOI: 10.1055/s-0038-1673171
Tratamento endovascular para as estenoses intracranianas
Publikationsverlauf
Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)
Introdução: doenças cerebrovasculares são importantes causas de mortalidade e sequelas nos pacientes. As lesões ateroescleróticas são frequentes na população em geral e sua incidência aumenta em idosos. Nesse ínterim, a angioplastia intracraniana apresenta-se como um método de tratamento seguro com reduzida morbidade e mortalidade.
Objetivo: avaliar os resultados, os dados epidemiológicos e as complicações dos pacientes submetidos a tratamento endovascular em serviço de Neurocirurgia de referência.
Materiais e métodos: Estudo retrospectivo, observacional, realizado a partir de uma base de dados conforme o serviço de Neurocirurgia do Hospital Santa Isabel, no período de outubro de 2006 a dezembro de 2017. Foram analisadas as variáveis de idade, sexo, sintomas, comorbidades, local da artéria acometido, grau da estenose, tipo de stent utilizado, complicações transitórias e sequelas decorrentes do procedimento.
Resultados: 128 angioplastrias intracranianas, 66,40% (n = 85) sexo masculino e 32,81% (n = 42) feminino. A idade média foi de 61,04 anos (14–91 anos). Quanto aos sintomas apresentados, 33,59% (n = 43) dos pacientes apresentaram tontura, 17,96% (n = 23) cefaleia e 14,85% (n = 19) já tiveram acidente vascular isquêmico transitório. Hipertensão arterial sistêmica em 85,93% (n = 110), dislipidemia em 81,25% (n = 104), acidente vascular isquêmico prévio em 52,34% (n = 67), diabetes mellitus 34,37% (n = 44), tabagismo 18,75% (n = 24) dos pacientes e cardiopatias em 14,84 (n = 19). Os principais locais de estenose foram o segmento petroso da ACI em 22,66% (n = 29), artéria basilar em 21,88% (n = 28), artéria vertebral segmento V4 em 19,53% (n = 25) e artéria cerebral média segmento M1 em 12,50% (n = 16). Quanto ao grau de estenose, 7,81% (n = 10) 99% de estenose, 10,93% (n = 14) 98%, 13,28% (95%) e 58,59% (n = 75) apresentaram 90% ou menos. As complicações peri-operatórias e pós-operatórias imediatas estiveram presentes em 4,68% (n = 6). A hemorragia peri ou pós procedimento foi a mais frequente e esteve presente em 2,34% dos casos (n = 3). Óbito ocorreu em 1,56% dos casos (n = 2).
Conclusão: O tratamento endovascular para as estenoses intracranianas vem constituindo-se um tratamento seguro e eficaz para o acidente vascular cerebral isquêmico, com baixo índice de morbi-mortalidade.