Clinoidectomia anterior intra e extradural por craniotomia minipterional para clipagem de aneurisma paraclinóideo: nota técnica

Apresentacao do caso: Paciente de 55 anos, generp masculino, com aneurisma roto de segmento oftálmico da artéria carótida interna, no qual foi utilizado a técnica híbrida para remocão em bloco do processo clinoideo anterior por meio de craniotomia minipterional. A técnica híbrida inicia-se com a drilagem da asa menor do esfenóide, seguida da abertura dural, relaxamento cerebral, dissecção da fissura silviana e exposição da clinoide anterior, após a ressecção da dura-mater que a recobre. Visualizado o plano esfenoidal, segue-se com a drilagem deste para desconexão da clinóide. Posteriormente, a modo extradural tem-se a visualização de drilagem do pilar óptico. A remoção da clinóide possibilitou a visualização da porção oftálmica da artéria carótida interna para clipagem do aneurisma. O procedimento ocorreu sem complicações. A técnica possibilitou a remoção em bloco da clinóide por um acesso menor e de modo seguro.

Discussão: A clinoidectomia é uma etapa necessária na abordagem de lesões da base do crânio, em especial de aneurismas do segmento clinoideo da artéria carótida interna, já que A ressecção da clinóide anterior pode ser realizada por via intradural ou por via extradural. Cada uma apresenta vantagens e desvantagens uma relação a outra. Recentemente foi descrita a técnica híbrida por meio de craniotomia pterional e orbitozigomática. No enquanto, com o advento da técnica endovascular a realização de técnicas microcirúrgicas menos invasivas tem ocupado lugar de destaque.

Comentários finais: A realização da clinoidectomia intra e extradural une as vantagens de ambas as vias de ressecção, que é a ótima localização do pilar óptico, visualização das estruturas neurovasculares e proteção da dura-máter durante a drilagem.