CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673168
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento endovascular das lesões arteriais iatrogênicas em acesso endoscópico nasal: relato de três casos

José Laercio Silva Junior
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Claudio Henrique Fernandes Vidal
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Cicero Jose Pacheco Lins
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Bruno Anderson Araujo da Mota
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Gustavo Henrique Vieira Andrade
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Breno Jackson Carvalho de Lima
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Romero Marques
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Joab Alves Nicacio Junior
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
,
Carlos Gustavo Coutinho Abath
1   ANGIORAD
2   Hospital da Restauração
3   Hospital Pelópidas Silveira
4   Hospital Getúlio Vargas
5   Santa Casa de Misericórdia
6   Santa Casa de Misericórdia de Maceió
7   Real Hospital Português Recife
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As lesões arteriais iatrogênicas ocorridas durante as cirurgias endonasais são raras. Os casos que necessitarão de tratamento endovascular geralmente acometem as artérias carótida interna ou a artéria esfenopalatina, sendo ainda mais rara a lesão das artérias localizadas no espaço subaracnoideo. Dados do Nationwide Inpatient Sample mostraram que de mais de 70 mil pacientes submetidos a cirurgia endonasal nos Estados Unidos, no periodo de 2001 a 2010, apenas 0,1% precisaram de intervenção endovascular.

Disucssão: A lesão consiste em ruptura da parede arterial, com a formação de um pseudo aneurisma, sendo o padrão ouro para o tratamento a oclusão do vaso acometido. Entretanto, nas lesões da artéria carótida interna que se associam a situações anatômicas desfavoráveis (polígono de Willis incompleto ou incompetente), o sacrifício arterial não será possível. Nesses casos, precisaremos lançar mão de técnicas endovasculares reconstrutivas. Para essa finalidade, o arsenal de dispositivos é amplo e sua escolha vai depender do tipo de lesão. Podemos utilizar espirais destacáveis, balão de remodelagem, onyx, stents intracranianos e direcionadores de fluxo.

Método: Relatamos 03 casos de pacientes submetidos a ressecção de tumor selar por via endoscópica nasal em que houve lesão arterial. Em um, a lesão da carótida interna foi corrigida através de técnica reconstrutiva, preservando o vaso portador, utilizando balão de modelagem, espirais destacáveis e agente embolizante liquido.

Resultados: Outro paciente com lesão da artéria cerebral anterior foi tratado com oclusão simples do vaso. Em ambos houve remissão da hemorragia. O terceiro paciente em que o pseudoaneurisma não foi corrigido experimentou epistaxe maciça em decorrência de ressangramento, culminando com óbito. Devido ao comportamento agressivo dessas lesões, o tratamento endovascular do pseudoaneurisma deve ser resolutivo e instituído de forma precoce. Conclusão: A angiografia digital por cateterismo é fundamental para o diagnóstico e avaliação anatômica e funcional da circulação intracraniana, fornecendo dessa maneira os requisitos necessários para a orientação do tratamento.