CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673161
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Tratamento endovascular de aneurisma cerebrais – estudo epidemiológico

Jhoney Francieis Feitosa
1   HSJA
,
Jordan Camara Moura
1   HSJA
,
Edson Bernaldino Neto
1   HSJA
,
Henrique Alves Pinto Silva
1   HSJA
,
Savio Boechat Primo de Siqueira
1   HSJA
,
Mariana Moreno Tarifa
1   HSJA
,
Alexandre Boechat Primo De Siqueira
1   HSJA
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A Hemorragia Subaracnoidea (HSA) caracteriza-se pela presença de sangue no espaço subaracnóideo de origem traumática ou espontânea. A ruptura de aneurisma cerebral é a causa mais comum entre as espontâneas, representando 75 a 80% dos casos, com incidência de 6 a 8 casos a cada 100 mil habitantes/ano nos Estados Unidos. A taxa de mortalidade na fase aguda é de aproximadamente 50%.

Método: Trata-se de um estudo retrospectivo de 312 prontuários de pacientes com aneurisma cerebral, diagnosticados por angiografia digital, atendidos entre janeiro de 2015 a janeiro de 2018. O grupo foi constituído por 66 homens e 246 mulheres, entre 7 e 89 anos. Foram coletados os seguintes dados: idade; sexo; raça; fatores de risco; território vascular; ruptura do aneurisma; multiplicidade; escalas de Hunt & Hess (HH) e Fisher; tipo de anestesia; evolução clínica; complicações e prognóstico.

Resultados: Com a análise dos dados, totalizamos 376 aneurismas em 312 pacientes, com maior acometimento no sexo feminino (65%), taxa de ruptura de 52% e predominância em caucasianos com 59% dos casos, seguidos por pardos 23% e negros 18%. A faixa etária mais incidente foi de 40 a 60 anos com a média de idade de 55 anos. Quanto a topografia, 85% localizavam-se na circulação anterior – distribuídos da seguinte forma: 44% em artéria carótida; 13,5% em artéria comunicante anterior; 28% em artéria cerebral média; 5% em artéria cerebral anterior; – e os demais em circulação posterior: 4% topo basilar; 3% artéria cerebelar póstero-inferior e 2,5% em artéria cerebelar ântero-inferior. Dentre os fatores de risco, a hipertensão arterial alcançou 65% e o tabagismo 20%. Aneurismas múltiplos representaram 18% dos casos.

Conclusão: À admissão 32% foram classificados em HH 4 e 5 e 73% em Fisher II e III. Quanto ao tipo de anestesia 58% receberam local. Entre as complicações, 11% apresentaram vasoespasmo, 7% hidrocefalia e 21% de óbito. A permanência média de internação foi de 16 dias.