CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673147
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Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Cavernomas intracranianos: experiência com 52 casos em 5 anos de instituição

Fernando Antonio Wanderley Nobre
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Bruna Dias Rocha
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Pedro Augusto de Goes Martins
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Daniel Dutra Cavalcanti
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Matheus Assunção Souza Fernandes
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Eduardo Giardini Rodovalhe Pereira
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Gonzalo Castillo Pérez
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Paulo Niemeyer
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Lucas Caldeira Michiletto
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
,
Paulo Henrique Zanin
1   Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer
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Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As malformações cavernosas intracranianas são anomalias vasculares constituídas de cavidades revestidas de endotélio preenchidas com sangue em vários estágios de trombose e organização, separadas por um estroma colagenoso desprovido de elementos da parede do vaso maduro.

Objetivos: Determinar a apresentação clínica e o resultado do tratamento da malformação cavernosa intracraniana em uma nova instituição em seus 5 anos iniciais de assistência a 52 pacientes com essa malformação.

Métodos: Análise retrospectiva de 52 pacientes com o diagnóstico histopatológico de cavernoma intracraniano submetidos a ressecção cirúrgica de outubro de 2013 a maio de 2018. As variáveis analisadas incluíram idade, sexo, apresentação clínica, características radiológicas, extensão da ressecção e histopatologia.

Resultados: O grupo estudado incluiu 26 homens e 28 mulheres (média de idade: 43,6 anos – com um inter 1,3 anos a 69 anos). Os sintomas apresentados foram convulsões (46,1%), cefaleia (44,2 %) e déficits neurológicos focais (36,5%). Múltiplas malformações cavernosas foram encontradas em 7,6 %. De acordo com a localização, os pacientes foram classificados em grupos: (G1) tronco cerebral (21,1%), (G2) cerebelo (5,7%), (G3) supratentorial associado a convulsões (55,7%), e (G4) supratentorial sem crises (7,6%. Todos os pacientes analisados foram submetidos a ressecção cirúrgica. O tempo médio de seguimento foi de 30,1 meses. De 24 pacientes que apresentaram crises no pré-operatórias, 21 ficaram livres de crises após a cirurgia.

Conclusões: A história natural é particularmente importante e a indicação de cirurgia deve ser individualizada, considerando os riscos de deterioração neurológica por sangramento, mas também os riscos do procedimento cirúrgico, a depender da localização e características clínicas do paciente. Observamos desfecho favorável para pacientes tratadas cirurgicamente com MC sintomáticos, sugerindo que a ressecção seja considerada em lesões sem risco cirúrgico excessivo.