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DOI: 10.1055/s-0038-1673145
Avaliação descritiva dos fatores de risco das craniectomias descompressivas por AVC isquêmico
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: Os infartos cerebrais são responsáveis por aproximadamente 80% das doenças cérebro-vasculares, e destes de 1–10% dos pacientes evoluem com edema cerebral e hipertensão intracraniana refratária ao tratamento neurointensivo. A mortalidade deste grupo de pacientes é de aproximadamente 80%. Usualmente o edema cerebral desenvolve-se entre o 2o e 5o dias após o icto e nenhum tratamento clínico provou-se efetivo. A craniectomia descompressiva é um procedimento cirúrgico utilizado como medida salvadora em pacientes vítimas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) com infarto maligno em território de artéria cerebral média.
Objetivo: Avaliar retrospectivamente pacientes com AVCI maligno submetidos à craniectomia descompressiva, analisando-se fatores de risco para prognóstico e aquisição de dados de morbidade e mortalidade cirúrgica.
Material e método: Realizada análise retrospectiva dos prontuários de pacientes submetidos à craniectomia descompressiva, de 2005 a 2017. Obtidos dados gerais, como nome, registro, sexo, idade, data do procedimento, complicações, tabagismo, etilismo, uso de drogas, comorbidades, evolução clínica. Análise estatística pelo programa SPSS17.
Resultados: Identificamos 166 pacientes submetidos à craniectomia descompressiva por infarto cerebral maligno. A média de idade foi de 53 anos (11–85 anos), com 47% de pacientes do gênero feminino e 53% masculino. A principal doença associada foi hipertensão arterial, isolada ou associada a tabagismo, diabetes e cardiopatias. Em pacientes jovens, observamos associação ao uso de drogas ilícitas.
Conclusão: Os principais fatores de risco para mortalidade foram idade e nível de consciência pré-operatório imediato.