CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673126
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Indicadores de qualidade de assistência em aneurismas cerebrais após hemorragia subaracnoide

Bruno Loyola Godoy
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Bárbara Contarato Pilon
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Raphael Bertani
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Rodrigo Azeredo
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Felipe Calmon Du Pin
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Jose Alberto Almeida Filho
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Felipe Sampaio
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Rafael Machado
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Nastassja Cury
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Luiz Felipe Ribeiro
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Daniele Von Zuben
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
,
Eva Caroline Melo Rolim
1   Hospital Municipal Miguel Couto – SMS/RJ
2   Universidade Estácio de Sá
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Guidelines internacionais recomendam o tratamento de aneurismas cerebrais rotos o mais breve logisticamente possível, preferencialmente em instituição com mais de 30 casos/ano e com suporte com cirurgia aberta e endovascular. Aneurismas cerebrais rotos são casos de urgência e o tempo e tipo de tratamento são indicadores de qualidade de assistência. A ausência de serviço de tratamento endovascular em muitos serviços impões que a maioria dos aneurismas seja tratados por clipagem, que demanda mais tempo e com maior morbidade. Objetivo: Avaliar quais parâmetros podem servir como indicadores de qualidade de atendimento aos casos admitidos com hemorragia subaracnóide. Métodos- Levantamento prospectivo de intervalo de tempo entre ictus, admissão e tratamento definitivo, bem como dados clínicos e radiológicos de admissão de pacientes com HSA e indicadores de prognóstico intra- e pós-operatórios.

Resultados: foram estudados 79 casos consecutivos de aneurismas rotos operados entre outubro de 2015 e maio de 2018. A Média de idade foi de 51 anos e a relação masculino: feminino foi de 1:3. A mediana de tempo entre o ictus e a admissão hospitalar foi de um dia, com uma média de 3,95 dias. As medianas de tempo entre tratamento definitivo e admissão hospitalar e entre tratamento definitivo e ictus foram respectivamente 3 e 6 dias, com médias de 8,75 e 12,06 dias. Pacientes com hunt-hess 1 ou 2 representaram 72%, enquanto 28% tinham hunt-hess > 3. Pacientes com fisher 3 ou 4 representaram 71%, enquanto aqueles com Fisher 1 ou 2 eram 29 %. A taxa de ressangramento antes do tratamento foi de 4,2%. A taxa de vasoespasmo clinicamente expresso foi de 23%. Em 46% dos casos houve clipagem temporária, e ruptura intra-operatória em 12,3%.

Conclusão: Embora a mediana de tempo entre o tratamento definitivo e a admissão hospitalar ser aceitável, a média foi maior mostrando que alguns pacientes tiveram seu tratamento muito atrasado e não se justificando pela gravidade dos casos, haja visto distribuição de hunt-hess e fisher desta coorte. Apesar disso, as taxas de ressangramento e de vasoespasmo clínico não foram maiores que os descritos na literatura. Esforços maiores precisam ser planejados para que todos os casos de aneurisma cerebral roto em nosso meio recebam tratamento definitivo dentro dos intervalos de tempo aceitáveis pelas sociedades internacionais. Incluindo uma maior disponibilidade de tratamento endovascular de urgência pelo SUS.