CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1673123
E-Poster – Vascular
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Relato de caso: AVCI de artéria basilar submetido à trombectomia mecânica

Bruno Cesar Bellotto
1   UNICESUMAR
,
Geyson Alves Ferreira
1   UNICESUMAR
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Diego de Faria Sato
1   UNICESUMAR
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Paulo Cesar Otero Marcelino
1   UNICESUMAR
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Publikationsverlauf

Publikationsdatum:
06. September 2018 (online)

 

Introdução: Este relato descreve o caso de uma mulher, com 73 anos, hipertensa, que iniciou o quadro com queixa de vertigem e náusea, chegando ao hospital com mais de 3 horas de evolução. Ao exame físico apresentava desequilíbrio, oftalmoplegia, disartria e perda de força de dimídio direito, com NIHSS de 8 pontos. A Tomografia Computadorizada (TC), mostrou hiperdensidade de artéria basilar e a Ressonância Nuclear Magnética (RNM) evidenciou um hipersinal em DWI e hipossinal no mapa ADC, sugerindo, devido a trombose de artéria basilar, área de isquemia na ponte em território irrigado por ramos arteriais pontinos oriundos da artéria basilar, sendo realizado rt-PA com 5 horas e 30 minutos de evolução, sem melhora do quadro. Com 11 horas e 45 minutos de evolução foi realizada angiografia que demostrou permanência de obstrução de artéria basilar, sendo então realizado em seguida trombectomia mecânica. A paciente evolui bem, com alta no 3° dia após procedimento, com grau 1 na escala de Rankin. Um estudo recente, trouxe a possibilidade de expandir o tempo de trombectomia mecânica em pacientes com infartos em fossa anterior de 6 para 24 horas, utilizando pontuações clinicas e imagens de difusão em RNM ou perfusão na TC e medida usando um software identificando o paciente com um mismatch alvo, mostrando como consequência uma maior taxa de independência funcional, avaliada através da escala de Rankin modificada 90 dias após, nos pacientes submetidos ao procedimento.

Discussão: O caso relatado, traz à luz a discussão referente ao tempo de realização de trombectomia mecânica em fossa posterior, com 12 horas de evolução, em relação a uma recanalização bem-sucedida, tema esse carente de dados na literatura. O que se tem, são dados referentes ao procedimento de trombectomia mecânica em circulação anterior, com um tempo de eficácia estabelecido em até 6 horas do início dos sintomas, com possibilidade de realização em até 24 horas.

Conclusão: No caso apresentado, a trombectomia mecânica de fossa posterior, dentro de um delta T de 12 horas, mostrou-se capaz de obter resultados satisfatórios no que diz respeito à evolução clínica do paciente.