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DOI: 10.1055/s-0038-1673107
Avaliação de parâmetros cirúrgicos e estéticos do acesso minimalista supraorbitário com incisão superciliar para os aneurismas da circulação anterior
Publication History
Publication Date:
06 September 2018 (online)
Introdução: A minicraniotomia supraorbital com incisão superciliar (MCSS) tem se destacado como opção minimamente invasiva para o tratamento de aneurismas da circulação anterior, sendo uma alternativa ao acesso pterional.
Objetivo: Avaliar a reprodutibilidade da técnica utilizando-se do mesmo “set” de instrumental microcirúrgico utilizado no acesso pterional clássico; avaliando parâmetros cirúrgicos e estéticos do acesso minimalista supraorbitário para os aneurismas da circulação anterior, num serviço não especializado em técnicas minimamente invasivas.
Método: O estudo foi aprovado pelo CEP/UNIVASF (n° 79188017.4.0000.5196). Trata-se de um estudo retrospectivo de 19 pacientes operados num hospital universitário. Dados foram coletados a partir dos prontuários de pacientes submetidos à MCSS de abril/2017 a maio/2018. As variáveis estudadas foram: idade e sexo; número e localização de aneurismas; tempos medianos da admissão hospitalar até a cirurgia, permanência na UTI no pós-operatório e do pós-operatório até a alta; tempo anestésico; tempos medianos da admissão hospitalar até a cirurgia; complicações; “status” neurológico na alta (Glasgow Outcome Scale-GOS) e taxa de cura. Os pacientes foram avaliados quanto à satisfação estética da cicatriz, através da Escala Visual Analógica (VAS) – variando de zero (insatisfatório) a 100 (satisfatório).
Resultados: A idade mediana foi de 57 anos, 12 do sexo feminino e 7 do masculino. O tempo médio de admissão hospitalar até cirurgia foi de 16,5 dias. Todos os 19 pacientes tiveram angiotomografia ou angiografia controle, evidenciando sucesso na clipagem de um total de 22 aneurismas (100% de cura). O tempo operatório foi de 180 minutos. Nenhum quadro de infecção foi encontrado. O tempo de permanência na UTI no pós-operatório foi de 1dia. O tempo da cirurgia até a alta foi de 5,5 dias. Dois óbitos foram registrados por causas clínicas, não relacionadas diretamente à técnica. A GOS foi escore “5” para cerca de 80% dos pacientes. Dez pacientes (52%) já foram avaliados ambularialmente, 5 exibiram paresia do nervo facial e 8 com disestesia. A VAS revelou escores 100 (30%), 90 (40%) e 80 (30%).
Conclusão: A MCSS demonstrou ser uma técnica reprodutível, em serviço de neurocirurgia geral, rápida e esteticamente bastante aceitável no tratamento de aneurismas da circulação anterior.