CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672938
E-Poster – Pediatrics
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Ascite como complicação abdominal do cateter da derivação ventrículoperitoneal (DVP): relato de caso e revisão de literatura

Aldo José Ferreira da Silva
1   Hospital Geral do Estado (HGE)
,
Wellington Andrade Freitas
1   Hospital Geral do Estado (HGE)
,
José Augusto Rodrigues Flores
1   Hospital Geral do Estado (HGE)
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A derivação ventrículoperitoneal (DVP) é um procedimento muito frequente na neurocirurgia pediátrica. Apesar de suas vantagens quando bem indicada, a inserção do cateter no peritônio não é isenta de complicações. Entre essas complicações pode-se observar a ascite causada por falha do peritônio na absorção do líquido cefalorraquidiano (LCR).

Relato de caso: criança, 12 anos, sexo feminino, portadora de DVP devido a hidrocefalia obstrutiva causada por tumor cerebral (intraventricular). Foi internada com febre e quadro de cefaleia seguido de vômitos com evolução há 4 dias. Queixava-se também do abdômen globoso, com desconforto respiratório e dificuldade para deambular. Ao fazer tomografia de abdômen, foi evidenciado volumosa coleção líquida – ascite. O cateter distal no peritônio foi exteriorizado e drenado a coleção. Após 7 dias de antibióticos, optou-se por fazer uma derivação tipo Torkildsen. A paciente evoluiu bem, sem queixas e em condições de alta hospitalar.

Discussão/Conclusão: Ascite é uma complicação abdominal da DVP por incompetência do peritônio na absorção do LCR presente principalmente em hidrocefalia obstrutiva causada por tumor cerebral. Por isso, há necessidade de termos alternativas com outros tipos de derivações.