CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672586
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Análise retrospectiva de cinco casos de pacientes submetidos à discectomia lombar seguida de interposição de dispositivo interespinhoso

Ramon Gonçalves Romano Cruz Ribeiro
1   Faculdade de Medicina de Campos (FMC)
,
Douglas Gonçalves Romano Cruz Ribeiro
2   Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos
,
Eraldo Ribeiro Filho
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Paulo Roberto Romano Ribeiro
3   Hospital Escola Álvaro Alvim
,
Maria Costa de Brito Barbosa Alves
2   Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos
,
Paula Andrade Carvalho
2   Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos
,
Daniela Maria Medeiros de Oliveira
2   Sociedade Portuguesa de Beneficência de Campos
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: A artrodese de coluna vertebral é uma modalidade cirúrgica de amplo espectro para patologias da mesma, porém mostra-se limitada uma vez que pode acarretar na restrição dos movimentos dos níveis em que houve fusão e causar deterioração precoce dos níveis adjacentes. Os dispositivos interespinhosos, biomecanicamente, atuam, afim de impedir a extensão da unidade funcional, diminuindo a carga em cima das facetas e aumentando a área interna do canal vertebral, sem, todavia, afetar a flexão ou a lateralização da coluna. As indicações cirúrgicas foram expandidas, variando desde estenose espinhal degenerativa, lombalgia discogênica, síndrome da faceta, hérnias discais até mesmo à instabilidade de baixo grau. Espaçadores interespinhosos permitem um bom alívio dos sintomas em patologias da coluna vertebral, assim, mostram-se como uma boa alternativa neurocirúrgica. Objetivo: Demonstrar a utilização da estratégia de colocação do dispositivo interespinhoso após a realização da microdiscectomia.

Métodos: Análise retrospectiva do prontuário médico de 5 (cinco) pacientes com quadro de lombociatalgia e hérnia discal lombar apresentando sinais de degeneração discal à ressonância nuclear magnética (RNM) de coluna lombar, que foram submetidos a tratamento microcirúrgico e colocação de dispositivo interespinhoso. Os pacientes foram avaliados através do exame clínico e estratificados quanto ao grau de lombociatalgia por meio da escala de VAS. Resultados. As análises dos dados evidenciaram melhora da escala de VAS nos cinco pacientes e, com isso, satisfação dos mesmos. Constatou-se, também, por intermédio de exames de imagem, menor grau de degeneração nos níveis adjacentes à artrodese – principal complicação atribuída a essa técnica cirúrgica.

Conclusão: A utilização dos espaçadores interespinhosos, embora ainda controverso, mantém-se em discussão visto que apresentam um alto potencial de impacto no prognóstico dos pacientes. Apesar de limitada a amostra, é notório que os resultados trouxeram significativa contribuição quando comparada à técnica convencional.