CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672577
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

A terapia intradiscal no tratamento de dor lombar crônica: uma análise de 620 pacientes

Marcos Masini
1   Clinica Queops
,
Isac César Roldão Leite
2   Faciplac
,
Rebeca Marques Margoto
3   Hospital Daher Lago Sul
4   Clínica Quéops Millennium
› Author Affiliations
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Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

A dor em região lombar acomete de 60–80% dos adultos. Acomete região de L1 a L5, com leve prevalência nas mulheres, e se durar mais que 12 semanas é considerada crônica. Os fatores de risco são: obesidade, história pregressa com irradiação para membro inferior, idade avançada, sofrimento psicológico, tabagismo e outras. Seu tratamento varia do uso de sintomático e fisioterapia a cirurgia. Objetivamos analisar a eficácia da terapia intradiscal em 620 pacientes (640 procedimentos analisados), apresentar o perfil dos pacientes (sexo e idade) e a taxa de sucesso. Este trabalho descritivo teve como fonte prontuários preenchidos sistematicamente durante a consulta, por médico avaliador único, com pacientes de 2005 a 2017 em Brasília (DF). Todos os pacientes foram submetidos a exames complementares de rotina e avaliados pela Escala Visual Analógica (EVA) Critérios Modificados de McNab antes do procedimento, imediatamente após, com 1, 3, 6 meses e anualmente. As idades encontradas foram: 0,3% de 10–19 anos; 6,5% de 20–29 anos; 18,2% de 30–39 anos; 24,8% de 40–49 anos; 24,7% de 50–59 anos; 14,4% de 60–69 anos; 8,4% de 70–79 anos; 2,6% de 80–89 e 0,16% em > 90 anos. Quanto ao sexo, 297 (46%) foram no sexo masculino e 343 (54%) no sexo feminino. No pós-procedimento imediato (feitas 473 reavaliações) com resultado considerado “excelente” por 80% dos pacientes, “bom” por 15%, “razoável” por 2% e “pobre” por 3%. Após o 1° mês (135 reavaliações) foi considerado “excelente” por 76% dos pacientes, “bom” por 16%, “razoável” por 4% e “falho” por 4%. Após o 3° mês (261 reavaliações) foi considerado “excelente” por 83% dos pacientes, “bom” por 14%, “razoável” por 1% e “falho” por 1%. Após o 6° mês (99 reavaliações) foi considerada “excelente” por 81% deles, “boa” por 10%, “razoável” por 2% e “falho” por 7%. Após o 1° ano (53 reavaliações) foi considerado “excelente” por 77% dos pacientes, “bom” por 19%, “razoável” por 2% e “falho” por 2%. Após 2 anos (23 reavaliações) do procedimento foi considerada “excelente” por 83% dos pacientes, “boa” por 9% e “ruim” por 9%. Portanto, os procedimentos de terapia intradiscal prevaleceram em pacientes de 40–59 anos (49,5%) e sexo feminino. Dos 620 pacientes analisados, 80% (496) referiram melhora clínica como “excelente e bom resultado” logo no pós-operatório imediato e 83% deles após 2 anos. Nenhuma complicação grave foi identificada neste grupo de pacientes. A terapia mostrou-se uma excelente ferramenta no controle de dor lombar crônica.