CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672565
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Fratura vertebral traumática em lactente: relato de caso

Lievin Luz Carvalho
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Carlos Vanderlei Medeiros de Holandas
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Carlos Alberto Afonso Ribeiro
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Cícero Diego Sampaio Cabral
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
,
Benedito Jamilson Pereira Araújo
1   Beneficência Portuguesa de São Paulo
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Trauma na coluna vertebral ou na medula espinhal são relativamente incomuns na população pediátrica. A frequência varia de 0,65% a 9,47% de todos os traumas medulares e apresentam-se diferente do adulto. A grande diferença da população adulta se dá numa maior frequência de acometimento medular cervical e torácico alto, além de alta prevalência de lesão medular sem anormalidade radiológica (SCIWORA); esta diferença se dá principalmente por alteração na maturação óssea, da musculatura paravertebral e até da vascularização como fatores contribuintes.

Objetivo: Relatar um caso de trauma da coluna vertebral com lesão medular em lactente.

Materiais e métodos: Apresentar um caso de fratura vertebral e transsecção medular e correlacionar com dados já publicados na literatura.

Resultados: Relato de caso: Lactente, 3 meses, após acidente automobilístico, por colisão frontal, fora arremessada para fora do carro. Deu entrada em nosso serviço com Glasgow 5, paraplegia de membros inferiores, fratura temporoparietal com desnivelamento ósseo importante e contusão cerebral a esquerda. Paciente fora submetido a tratamento neurocirúrgico de imediato com correção da fratura e da contusão. Lactente evoluiu instável nos primeiros dias com uso de droga vasoativa. Com auxilio de ressonância magnética evidenciou-se área de encefalomalácia que se estendia de T2–T6, compatível com transecção medular, além de listese grau 1 de T3–T4. Paciente permaneceu internado por mais duas semanas, paraplégico, com tomografia de controle comprovando correção da fratura bem como completa reabsorção da contusão. Foi encaminhado para reabilitação em hospital especializado para tratamento especializado.

Conclusão: Tratamento das lesões espinhais em crianças diferem dos adultos, principalmente quando se trata de instabilidade, a idade da criança e o grau de maturação da coluna vertebral tem que ser levado em consideração, uma vez que são contraindicações ao tratamento com uso de próteses, guiando assim o tratamento para imobilização até que haja consolidação fratura e estabilidade do segmento.