CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672563
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Perfil epidemiológico das lesões traumáticas do áxis

Lidemarcks Irineu Andrade
1   Hospital da Restauração
,
Eryck Edelweys dos Santos Firmino
1   Hospital da Restauração
,
Brenno Franklynn Alves Sá
1   Hospital da Restauração
,
Deoclides Lima Bezerra Júnior
1   Hospital da Restauração
,
Geraldo de Sá Carneiro Filho
1   Hospital da Restauração
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: As fraturas do Áxis (C2) compreendem parcela significativa das lesões traumáticas da junção craniocervical. Em geral, cursam com cervicalgia, entretanto sem déficit neurológico, acometendo, na maioria das vezes, jovens vítimas de acidentes de trânsito.

Objetivo: Traçar o perfil epidemiológico do Traumatismo Raquimedular (TRM) envolvendo a lesão cervical ao nível de C2.

Métodos: Estudo retrospectivo realizado entre 2014 e 2018. Os dados foram coletados através dos registros dos prontuários, exames de imagem e consultas ambulatoriais dos pacientes com fratura cervical alta e, dentre estes, foram isolados aqueles com envolvimento de C2. Os seguintes fatores foram analisados: idade, sexo, profissão, procedência, mecanismo do trauma, Frankel da admissão, classificação da fratura e tratamento.

Resultados: O estudo incluiu um total de 46 pacientes. Foi visto que a ocorrência de Trauma Raquimedular exclusivamente do Áxis (C2) foi maior em indivíduos do sexo masculino. Sendo um total de 39 homens e 7 mulheres. A idade média dos pacientes da pesquisa foi de 39,6 anos. Foi demonstrado que 69% dos pacientes eram procedentes do interior do estado. Quanto ao mecanismo de trauma, 34,7% dos pacientes sofreram acidente motociclístico, sendo todos do sexo masculino, e 84,78% dos pacientes admitidos eram Frankel E. Do total, 58,6% dos pacientes sofreram fratura do processo odontoide do tipo II. De todos os pacientes, 50% foram tratados com artrodese.

Conclusão: O TRM com lesão cervical alta acometendo somente o Áxis (C2) foi mais comum em jovens do sexo masculino. O mecanismo predominante do trauma foi acidente motociclístico. Não houve déficit neurológico na maioria dos casos e o tratamento cirúrgico foi adotado predominantemente.