CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672535
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Complicações do acesso lombar lateral transpsoas para as doenças degenerativas discais

Francisco das Chagas Oliveira Neto
1   Hospital Socor
,
Giovanni Inácio Batista
1   Hospital Socor
,
Allan França Alves da Silva
1   Hospital Socor
,
Bernardo Mariano Aramuni
2   Hospital Vera Cruz
,
Audrey Beatriz Santos Araújo
1   Hospital Socor
,
Fábio Sanatana Carvalho
2   Hospital Vera Cruz
› Author Affiliations
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: O acesso lombar lateral transpsoas constitui uma ótima alternativa para o tratamento cirúrgico das doenças discais degenerativas lombares altas. Pode ser indicado primariamente como opção nas doenças primárias discais bem como nas doenças do disco adjacente (DDA). Entretanto, vários problemas relacionados com a técnica têm sido descritos na literatura. Apresentamos nossa casuística neste acesso e suas complicações.

Materiais e métodos: Entre março de 2013 e maio de 2018, realizamos 23 casos do acesso lateral lombar transpsoas. Sendo 12 casos foram para tratamento primário das discopatias lombares sintomáticas e 11 para doença do disco adjacente (DDA).

Resultados: A síndrome do Psoas foi a complicação mais comum, principalmente na abordagem do nível L4–L5, ocorrendo em 25% dos casos. Seguiu-se parestesias na coxa em cerca de 20%, independentemente dos níveis abordados. Todos eles tiveram resolução completa dos sintomas em cerca de 30 dias. Em um caso houve paralisia da musculatura lateral do abdômen (iliocostal). Tivemos uma grave complicação que foi uma perfuração intestinal (cólon descendente) em um paciente previamente operado de um tumor renal. O mesmo foi resolvido com uma cirurgia reparadora de Hartmann.

Conclusões: O acesso lombar lateral constitui uma boa opção para o tratamento cirúrgico das doenças degenerativas discais. Observamos um número maior de complicações, mesmo que transitórias, para o nível L4–L5. Em pacientes com histórico de cirurgias prévias retroperitoniais consideramos este acesso uma contraindicação absoluta.