CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672515
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Complicações precoces do cage stand alone: experiência de 5 anos do Biocor

Bruno Lacerda Sandes
1   Biocor Instituto
,
Fernando Luiz Rolemberg Dantas
1   Biocor Instituto
,
Gustavo Agra Cariri
1   Biocor Instituto
,
Antônio Carlos Vieira Caires
1   Biocor Instituto
,
Gilberto Almeida Fonseca Filho
1   Biocor Instituto
,
Durvalino Albertini da Rocha
1   Biocor Instituto
,
Andrey Juliano Alencar Silva
1   Biocor Instituto
,
Rômulo Mourão
1   Biocor Instituto
,
François Dantas
1   Biocor Instituto
› Author Affiliations
Further Information

Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: O acesso anterior à coluna cervical é considerado seguro, apesar do risco de complicações. As complicações mais descritas são a disfagia e disfonia. Acredita-se que haja uma subestimação em relação às complicações, apesar de várias séries já descritas. Os cages “stand alone” foram desenvolvidos, em princípio, para reduzir o tempo cirúrgico e as complicações relacionadas à colocação da placa anterior. Os cages “stand alone” oferecem estabilidade e eficácia comparável à técnica clássica com uso de placa.

Objetivo: Descrever as complicações precoces após artrodese cervical anterior com cage “stand alone” e analisá-las em relação à apresentação do quadro.

Métodos: Foi realizada análise retrospectiva de prontuários de pacientes submetidos a artrodese cervical anterior com cage “stand alone” para tratamento de espondilodiscoartrose cervical com radiculo e/ou mielopatia, entre janeiro/2011 e dezembro/2015, em busca de complicações precoces após o procedimento. Os pacientes foram analisados de acordo com o nível operado e a quantidade de níveis.

Resultados: Um total de 168 prontuários foi analisado. O nível mais operado foi C5C6, com 110 pacientes. O maior número de casos operados foi de dois níveis. A complicações foram divididas em menores e maiores. A apresentação clínica mais observada foi a radiculopatia, sendo a única manifestação em 145 pacientes (86,3%). Já a mielopatia estava presente em 23 pacientes (13,6%). Apenas um paciente com mielopatia no pré-operatório evoluiu com complicação maior correspondendo a 4%. As demais 12 complicações maiores ocorreram em pacientes que apresentavam radiculopatia isolada, sendo este valor 8% dos casos. No entanto, 34% dos pacientes com mielopatia desenvolveram uma complicação menor, enquanto apenas 22% dos pacientes com radiculopatia sofreram complicações menores.

Conclusões: O reconhecimento das complicações associadas à artrodese cervical anterior com cage “stand alone” deve permitir seu tratamento precoce e adequado. A disfagia pós-operatória e a disfonia foram as complicações mais comuns nesta série. O manejo das complicações foi bem-sucedido e não interferiu no resultado funcional.