CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2018; 37(S 01): S1-S332
DOI: 10.1055/s-0038-1672514
E-Poster – Spine
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Estudo epidemiológico do trauma toracolombar em Rondônia

Bruno Monteiro
1   Hospital de Base Dr. Ary Pinheiro
,
Valmor Patrício
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
André Motta
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
Luiz Eduardo Costa
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
Adriana Lima Leite
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
Bruno Carmello Rocha Lobo
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
Adalberto Lobo
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
,
Johnathan Parreira
2   Instituto de Neurocirurgia e Neurologia da Amazônia Ocidental (Inao)
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Publication History

Publication Date:
06 September 2018 (online)

 

Introdução: Uma grande parte das fraturas de coluna acometem o segmento toracolombar (T11 a L2). Optamos por fazer um levantamento epidemiológico daqueles com indicação de procedimento cirúrgico no Estado de Rondônia.

Objetivo: Descrever a epidemiologia dos pacientes com fratura toracolombar submetidos a tratamento cirúrgico no Estado de Rondônia.

Métodos: Revisão retrospectiva de prontuário entre o período de agosto de 2015 a março de 2018 com fratura traumática da coluna toracolombar. O critério de inclusão consiste em lesão traumática instável nesta topografia sendo os critérios de instabilidade definidos pela classificação de trauma da AOSPINE e do sistema TLICS. Os critérios de exclusão são fratura patológica, cirurgia prévia instrumentada da coluna vertebral e tratamento conservador. As variáveis analisadas foram idade, sexo, níveis fraturados, mecanismo de trauma, técnica cirúrgica utilizada, FRANKEL, dias de hospitalização e complicações.

Resultados: Foram avaliados 48 pacientes durante este período, com idade variando de 18 a 71 anos, média de 43,16 anos, e sendo o sexo masculino o mais acometido (79,16%). As causas mais frequentes foram trauma automobilístico (50%) e queda de telhado (25%). A vértebra mais envolvida foi L1 (39,58%) seguido por T12 (29,16%), L2 (14,58) e T11 com 2,1%. O aspecto neurológico evidenciou 41,6% com FRANKEL E, 25% com FRANKEL D, 20,83% com FRANKEL A, 8,3% com C e 4,16% com FRANKEL B. As técnicas cirúrgicas empregadas foram artrodese posterolateral (58.33%), corpectomia via posterior (22,91%), artrodese posterolateral com laminectomia descompressiva (12,5%) e artrodese por via anterior (6,25%). Nesse período, ocorreram cinco casos com complicação (10,41%) sendo dois com infecção da ferida operatória (4,16%), dois com sangramento no intraoperatório e um caso de insuficiência renal aguda com melhora após diálise. O tempo de permanência hospitalar foi em média de 11,02 dias e doze casos (25%) tiveram alteração do quadro neurológico no pós-operatório, passando de FRANKEL D para E, assim como melhora do quadro de lombalgia. Houve um caso de mortalidade (2,083%) o qual ocorreu em um paciente com lesão medular completa devido a quadro de sepse respiratória.

Conclusão: Esse estudo epidemiológico mostra similaridade aos dados encontrados na literatura.