CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2008; 27(02): 37-41
DOI: 10.1055/s-0038-1625528
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Análise de metaloproteases de matriz extracelular como indicador prognóstico nos gliomas malignos

Analysis of matrix metalloproteinase as prognostic indicator in malignant gliomas
Clovis Orlando da Fonseca
,
Marcos Masini
,
Gilberto Schwartsmann
,
Marcela Simão
,
Débora Futuro
,
Regina Caetano
,
Cerli Rocha Gattass
,
Elen de Oliveira
,
Thereza Quirico-Santos
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Publication History

Publication Date:
11 January 2018 (online)

Resumo

Introdução: Metaloproteases de matriz extracelular (MMP) são enzimas proteolíticas sintetizadas na fase de fenótipo mais agressivo dos gliomas malignos, degradando proteínas da matriz extracelular, ocasionando ruptura da barreira hematoencefálica e contribuindo para a resposta neuroinflamatória, angiogênese e migração. Estudos mostram expressão de gelatinase A (MMP-2) proeminentemente nas células gliais tumorais, com pouca expressão na microvasculatura, enquanto expressão de gelatinase B (MMP-9) é proeminente na microvasculatura, com pouco sinal nas células tumorais. Objetivo: Neste estudo analisamos amostras de soro de 34 pacientes com gliomas malignos recidivos, antes e durante o tratamento com álcool perílico por via inalatória para determinar se a expressão de MMP poderia ser usada como indicador prognóstico. Métodos: A atividade gelatinase (MMP-2, MMP-9) nas amostras de soro foi determinada por zimografia e a atividade enzimática relativa foi determinada utilizando-se programa de análise densitométrica. Os valores foram correlacionados com exames de imagem e sobrevida dos pacientes. Resultados: Os resultados obtidos em nosso estudo evidenciaram que os pacientes com gliomas malignos apresentaram aumento da expressão de MMP-2 e MMP-9 quando comparados com pacientes saudáveis. Expressão aumentada de MMP-2 foi proporcional à progressão tumoral, sobrevida desfavorável e área de edema peritumoral. Conclusão: Esses resultados indicam proporcionalidade entre a expressão de MMP-2 e a malignidade dos gliomas, sugerindo seu emprego como indicador prognóstico para recorrência tumoral pós-operatória e sobrevida desfavorável dos pacientes.

Abstract

Background: Matrix metalloproteinases are proteolytic enzymes secreted in phase of aggressive phenotype of malignant gliomas, degrading extracellular matrix proteins, causing blood brain barrier disruption, contributing for neuroinflammation response, angiogenesis and invasion. Studies found gelatinize A (MMP-2) expression most prominently in tumor cells, with very little expression seen in vasculature, while gelatinase B (MMP-9) expression was prominent in vascular structures with very little signal in tumor cells. Objective: We analyzed serum samples from 37 patients with relapsed malignant gliomas before and in course of treatment with perillyl alcohol intranasal delivery to determine if MMP could be used as prognostic indicator. Methods: Gelatin activity (MMP-2, MMP-9) in serum samples was established by zymography and enzymatic activity was established applying densitometry analyze and values correlated with the patient's radiographic status and survival. Results: The results achieved in this study offer evidence that malignant gliomas patient demonstrate increase MMP-2 and MMP-9 expression when compare with health patients. Increase MMP-2 expression was proportional to tumor progression, poor survival and peritumoral zone of edema. Conclusion: These findings may indicate proportionality between MMP expression and malignance of gliomas, suggest application as a prognostic indicator for post-operative tumor recurrence and the patients’ poor survival.

1Professor-associado de Neurocirurgia do Hospital Universitário Antonio Pedro da Universidade Federal Fluminense.


2Professor adjunto do Serviço de Neurocirurgia da Faculdade de Medicina do Planalto Central.


3Professor titular do Serviço de Oncologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.


4Graduanda da Faculdade de Medicina da Universidade Federal Fluminense.


5Professora adjunta da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal Fluminense.


6Professora adjunta do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense.


7Professora adjunta do Laboratório de Imunologia Celular, Instituto de Biofísica da Universidade Federal do Rio de Janeiro.


8Graduanda de Biomedicina da Universidade Federal Fluminense.


9Professora titular do Departamento de Biologia Celular do Instituto de Biologia da Universidade Federal Fluminense.