CC BY-NC-ND 4.0 · Arquivos Brasileiros de Neurocirurgia: Brazilian Neurosurgery 2000; 19(01): 22-27
DOI: 10.1055/s-0038-1623257
Artigos Originais
Thieme Revinter Publicações Ltda Rio de Janeiro, Brazil

Macroadenomas hipofisários: Análise da ressonância magnética pré e pós-operatória em 20 casos

Pituitary adenomas. Pre and postoperative MRI findings of 20 cases
Ricardo José de Almeida Leme
,
Edson Bor Seng Shu
,
José Jorge Machado
,
Álvaro Cebrian Magalhães
,
Raul Marino Jr.
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Publication Date:
11 January 2018 (online)

Resumo

Foram realizadas ressonâncias magnéticas (RM) pré e pós-operatórias em 20 pacientes com macroadenomas hipofisários (diâmetro variando entre 1,1 cm e 4,5 cm), que foram avaliados quanto aos achados normais (fisiológicos) e anormais, após a cirurgia transesfenoidal. As imagens foram obtidas a partir de aparelhos de 1,5 tesla, com cortes sagitais e coronais, antes e após a injeção de contraste paramagnético (gadopentato de dimeglumina).

As alterações fisiológicas encontradas após a cirurgia incluíram o material hemostático implantado ainda não reabsorvido, opacificações do seio esfenoidal, reexpansão da glândula hipofisária e rebaixamento do quiasma óptico. O gelfoam implantado apareceu como imagem intra-selar, circular, com realce de contraste na periferia que, em estudos posteriores, diminuiu de tamanho. Os implantes de músculo e gordura apareceram como áreas de hipersinal, sendo o sinal do músculo menos intenso que o da gordura. Os tumores residuais foram diferenciados dos materiais implantados pela sua localização, características da intensidade do sinal e padrão de realce.

Os estudos pré-operatórios e as informações clínicas são de grande valia na avaliação pós-operatória da RM. Os exames de RM de controle, nos casos estudados, mostrou que o momento ideal para a realização desse controle é após o período de quatro a seis meses, uma vez que exames realizados antes desse período não permitiram a diferenciação entre materiais implantados e tumores residuais.

Abstract

Twenty patients with pituitary tumors (diameter ranging from 1.1 cm to 4.5 cm) were submitted to a pre and postoperative MRI to evaluate normal (or physiological) and abnormal findings after transesfenoidal approach. Sagital and coronal images with and without contrast were obtained from a 1.5 tesla MR device.

Phyisiological changes after surgery included topic hemostatic material implanted, sphenoidal sinus opacity, pituitary expansion and downward displacement of optic chiasm. Gelfoam appeared as an intraselar circular image with contrast enhancement at its boundaries, which decreased in subsequent studies. The pieces of muscles and fat implanted showed hypersign, the muscle being less intense than fat. Residual tumors were differentiated from implanted materials by its location, signal patterns and contrast enhancement patterns.

The preoperative studies and clinical information were of great value in the postoperative MRI evaluation. The best time to perform postoperative MRI is between four and six months after surgery.

*Médico Residente de Neurocirurgia do HC-FMUSP.


**Médico Assistente do Departamento de Neurocirurgia do HC-FMUSP.


***Médico Assistente do Departamento de Radiologia do HC-FMUSP.


****Professor Doutor da Cadeira de Neurocirurgia do HC-FMUSP.